terça-feira, 22 de outubro de 2024

Terror Nuclear - single "Pyromaniac" anuncia primeiro álbum


"Pyromaniac", lançado no último dia 21, é o single que reacende a chama do power trio amazonense de toxic thrash metal Terror Nuclear. A faixa é uma amostra de "Chernofobya", primeiro full album da banda e primeiro registro oficial desde o autointitulado EP de estreia disparado no já longínquo ano de 2017.


"Menos cabeludos e mais pesados, rápidos e agressivos", como se definem atualmente, Ryan Castro (baixo/vocal), Lucas Carvalho (guitarra) e Luan Carvalho (bateria), voltam em 2024 com uma pegada mais thrash oitentista, deixando de lado a influência punk do primeiro trabalho, o que é facilmente reconhecível nos 2 minutos de "Pyromaniac".

O single, assim como o álbum, foi produzido durante todo o ano de 2024 por Ana P Mady, da Fubica Records, responsável pelo registro de estreia da Terror Nuclear e mais um container de outras bandas em segmentos diversos ao metal. 

Mady mais uma vez acerta a mão e imprime uma sujeira em high-definition para o thrash metal da Terror Nuclear. Aqui está "Pyromaniac". Acesse e ouça ALTO!


Capa de "Pyromaniac" por Darkpen

A arte da capa de "Pyromaniac" leva a assinatura de Darkpen, que entre outros trabalhos, fez as capa do recém-lancado "Full Moon Tales" do Matadör.


"Tentamos ao máximo resgatar essa aura do thrash oitenta"


O subtítulo acima, retirado de uma fala de Ryan Castro, explicita muito bem a nova proposta da Terror Nuclear iniciada com o single "Pyromaniac". Abaixo, o músico nos conta sobre o momento atual e planos da banda.

Riffmakers: Já se passaram sete anos desde o lançamento do primeiro EP. O que há de diferente, o que mudou nesse tempo e o que foi acrescentado ao som da Terror Nuclear?

Ryan Castro: As maiores diferenças são a deixada de lado de uma influência mais punk, no quesito sonoro, e a adição de uma influência mais thrash metal old school como o grandioso Bywar, Artillery e até Dorsal Atlântica (que já se via influência no início). 

No quesito de sonoridade tentamos ao máximo resgatar essa aura do thrash oitenta que tanto se fez presente no nosso crescimento, como banda e como músicos individuais. 

Riffmakers: O primeiro EP tinha títulos como "Ataque Nuclear", "Guerra" e "Uma Outra Guerra" e uma capa que já dizia muito sobre os temas. Como estão as composições atuais da Terror Nuclear?

Ryan Castro: Na temática lírica a gente ainda toca na ferida de governantes doentes com armamento nuclear em mãos. Falamos também um pouco sobre coisas como a violência que está muito presente em nossa realidade.


"Terror Nuclear", 2017 (Acervo Riffmakers)


Compomos ainda sobre momentos históricos, como o uso de jovens e crianças na Alemanha nazista (na faixa "Violência") e também sobre a criação da guilhotina por Robespierre na Revolução Francesa (na faixa "The Cold Of Guilhotine") 

As duas faixas citadas estarão presentes no "Chernofobya", que é um trocadilho com Chernobyl e a fobia do mundo de se tornar uma enorme catacumba nuclear.

Riffmakers: Sobre o álbum, o que pode ser dito e o que esperar?

Ryan Castro: Serão oito faixas no álbum (quatro em inglês e quatro em português). O que se pode esperar é bastante thrash metal old school, sem firulas, com uma pegada tóxica no pique do Toxic Holocaust, rápido, com riffs velozes e até algumas músicas mais cadenciadas para bater cabeça com um peso diferente. 

A capa de "Chernofobya" é assinada pelo Emerson Maia que mandou super bem na claustrofobia que queríamos passar na questão de se estar isolado em um bunker (Nota do Editor: Maia já trabalhou com as amazonenses Candiru e Escafism, além das nacionais Visceral Slaughter, Podridão e Thrashera. A Terror Nuclear está muito bem acompanhada). 


Capa de "Chernofobya" por Emerson Maia 


Riffmakers: O álbum está previsto para sair em novembro. Após o lançamento, quais os planos da Terror Nuclear?

Ryan Castro: Depois de lançar nosso primeiro full, está nos planos, para o ano que vem, já mandar um EP com cinco músicas, com uma sonoridade até mais polida e pesada do que o "Cherno". Esperamos tocar o terror pelo Green Hell com o novo CD, da mesma forma old school que sempre fizemos nesses sete anos de estrada.

*por Artur Mamede 



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