domingo, 30 de junho de 2024

Overthrust - "Infected by Myth" é o novo álbum



Overthrust é um quarteto de death metal da velha tradição vindo de Ghanzi, a capital do Kalahari, em Botswana (sul do continente africano). A notícia de que há death metal sendo feito em tal local pode causar espanto, mas "Infected by Myth", já é o quinto álbum da banda.


Lançado neste domingo (30) no Bandcamp, o álbum logo estará nos outros streamings. O death metal praticado pelo Overthrust lembra bastante o feito no Brasil, que nos anos de 1980 aprendeu a fazer do seu jeito e sotaque.

Outro ponto que une a banda ao Brasil é a forte crítica aos falsos pregadores que exploram a população mais pobre. Ouça,"Infected by Myth" clicando AQUI).







Religião e crimes contra o povo


De uma crueza e rispidez mortal, "Infected by Myth" impressiona pela limpidez na produção que deixa tudo audível sem perder a sujeira característica do death metal old school.

Produzido pela gravadora Indian River Music Company, "Infected by Myth" foi gravado em setembro de 2023 no Milestone Studios na Cidade do Cabo, África do Sul por Howard Merlin e Jethro Harris.

A dupla também é responsável pela mixagem do álbum que ocorreu no Farmadelica Sound, na Flórida, EUA. "Infected by Myth" foi masterizado por Paul Hird, proprietário da Party Bus Music / Golden Hill Studio / Fullerton CA Califórnia, também nos EUA.

As oito faixas de "Infected by Myth" foram escritas, vocais e baixo por Tshomarelo Mosaka, a.k.a. Vulture Thrust, baixista/vocalista da Overthrust. A banda se completa com Balatedi Bist Folai (bateria), Tshepho Van Lee Kaisara (guitarra base) e Shalton Monnawadikgang Ri Ka Tá (guitarra solo e melodias).






Jason Banning, produtor executivo, fez alguns backing vocals na faixa "Slaves of Myth". A arte da capa, assinada por Ed Repka, tem como referência a capa de "Spiritual Healing" do Death. A inspiração não é escondida pela Overthrust. "Dir-se-ia que esta é a versão africana de 'Spiritual Healing'", disse a banda nas redes sociais.

Do que fala "Infected by Myth"


Como falado acima, "Infected by Myth" é carregado de fortes críticas às religiões, principalmente às que pregam a exploração da fé e dos bens dos mais pobres. A própria banda se posicionou sobre o assunto em suas redes sociais.

"O álbum 'Infected by Myth' foi produzido como resultado do que estava acontecendo na África. Nos últimos 10 anos houve um enorme aumento de organizações religiosas modernas e a maioria delas não fazia nada de bom. Surgiram casos de enganos, eles fizeram lavagem cerebral em seus seguidores e fraudaram seu dinheiro e bens arduamente ganhos, obtidos por meio de falsos pretextos, fazendo as pessoas acreditarem que faziam milagres e traziam vidas boas às pessoas, que poderiam aumentar seu dinheiro por meio de milagres e torná-los ricos, que curariam os doentes. Mas ainda assim, não havia nenhuma mudança na vida das pessoas e ainda assim as pessoas ainda acreditavam nelas. Isto também fez com que a maioria das pessoas se voltasse contra as suas culturas e práticas culturais, rotulando-as de más", escancarou a Overthrust sobre algo que também é muito comum no Brasil.

Os títulos das faixas também trazem semelhanças com o cenário sociopolítico brasileiro. Como ler "Infected", "Slaves Of Myth" e "Silence Voice of Holy" e não lembrar do Brasil.

Track list 


1. Fallen Witches
2. Infected
3. Slaves of Myth 
4. Foetus Initiation
5. Demon Grave
6. Overthrust Deathmental
7. Poltergeist of Torment
8. Silence Voice of Holy

Overthrust 


Nascida em Ghanzi (Botswana) em 2008, a Overthrust é uma das mais atuantes do seu país, promovendo várias gigs e tours pelo se país e territórios vizinhos. 

A discografia da Overthrust, além de "Infected by Myth" se completa com "Freedom in the Dark" (2022), "Demon's Grave" (2021), "Suicide Torment" (2019) e "Dececrated Deeds to Decease" (2014). Sigam o Overthrust!

*por Artur Mamede 


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Terceira Guerra - "A Dor Ensina" é o novo clipe


Dá para tratar dos temas vacilos, fracassos e escolhas erradas e de como se recuperar disso sem a xaropice coach ou papinho de auto ajuda? Dá. A banda belorizontina de hardcore/metal Terceira Guerra prova que sim em letra, música e clipe. "A Dor Ensina", clipe lançado no último dia 28, consegue te pôr pra cima sem amaciar o discurso.


"A Dor Ensina", assim como todo o trabalho da Terceira Guerra, é chapada no hardcore novaiorquino com o metal brasileiro. O clipe tem direção e edição de Davidson Mainart e assistência de Bruno Paraguay, responsáveis pelas recentes obras audiovisuais do Paradise in Flames.

 


O vídeo é também mais uma amostra da simbiótica e saudável promiscuidade entre as bandas da BH Area. O acima citado Bruno Paraguay é baixista/vocalista do Eminence, que tem mais um integrante emprestado para "A Dor Ensina". Allan Wallace, guitarrista do Eminence assina a captação, mixagem e masterização da faixa.



Veja o clipe de "A Dor Ensina" clicando AQUI.

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"Viver... errar... faz parte da trajetória"


Além da Terceira Guerra (Beto - vocal; Thiago"Thom" - guitarra; Liniker Moura - baixo e Edu Rodrigues - bateria), "A Dor Ensina" tem atuações de Camila Késia, Gustavo Marçal, João HxCx, Matheus Tonelli e Rafael Costa, mais staff, figurino e maquiagem por Bárbara Contin e Pâmela Trindade.

A trupe trabalhou em um ambiente de abandono e desolação, mas reforçando a ideia de que é preciso sair desse abandono e desolação.





"Acreditamos que esse lançamento marca um novo momento da banda, mais madura, com alguma visibilidade e já impactando pessoas que não estávamos alcançando quando fizemos os primeiros lançamentos", destaca a banda.

Terceira Guerra 

A Terceira Guerra surgiu de uma vontade de fazer música ativista em um momento delicado na política nacional, em 2022.

"Queríamos unir essa inquietude em relação a pautas de direitos básicos que estavam sendo (e sempre foram) negligenciados à vontade de fazer um som pesado e original. A meta era construir algo sólido, sermos levados a sério dentro da cena. Queremos ter relevância suficiente para estar em casas, palcos e festivais também relevantes".

A banda explica que o nome não possui um caráter belicista. "A Terceira Guerra não é uma guerra bélica, mas uma guerra contra as minorias", concluem.

Saiba mais sobre a Terceira Guerra pelas redes sociais. É facinho de achar.

*por Artur Mamede 




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sábado, 29 de junho de 2024

Sick Of It All - vocalista tem câncer diagnosticado



Lou Koller, vocalista da novaiorquina Sick Of It All, revelou na sexta-feira (28), o diagnóstico positivo para um câncer esofágico. Com a detecção da doença a veterana banda de hardcore cancelou a tour agendada para o verão europeu.


A notícia foi publicada como um real no Instagram da banda (veja aqui). "E aí, pessoal? Aqui é o Lou. Como vocês podem ou não saber, tivemos que cancelar nossa tour europeia neste verão", diz Koller abrindo o vídeo.

O músico continua: "Há alguns rumores circulando sobre o motivo, e estamos aqui para esclarecer as coisas. Mas queríamos esperar até termos todas as informações antes de fazer um anúncio."


Tela salva da declaração de Lou Koller (Instagram)


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"Apenas fique saudável"


O Riffmakers transcreveu alguns trechos da declaração. "O motivo do cancelamento é porque encontraram um tumor no meu esôfago que vai para o meu estômago, e terei que fazer um tratamento durante todo o verão - e claro, com total apoio da banda", revelou Koller 

"Assim que souberam, eles (a banda) ficaram tipo 'Esqueça a tour. Apenas fique saudável'... Então esse é o motivo. Nenhum outro motivo que você ouviu é verdade. Esta é a verdade", completou.

"Então, sim, apenas agradeço por todo o seu apoio e espero vencer essa coisa e vê-lo no fim do versão. Ou talvez no inverno (risos). Tome cuidado", encerrou Koller.

Reações de apoio 


Logo vieram as reações de apoio de colegas da música. 

Boka, baterista do Ratos de Porão, comentou "Fique bom logo!". 

O perfil oficial da Hatebreed enviou "Saúde primeiro. Fique forte". 

Os também novaiorquinos do Madball comentaram "Mandando vibrações positivas para você".

Mike Ness, guitarrista/vocalista do Social Distortion, que teve câncer nas amígdalas diagnosticado em 2022 e também precisou cancelar uma tour em 2023, reagiu com "Ei mano, se eu consegui, você consegue... Com certeza posso compartilhar algumas coisas que me ajudaram a superar isso".

*por Artur Mamede 


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Zumbis do Espaço - "Ir, Seguir e Destruir" é o novo clipe


"Ir, Seguir e Destruir", lançado no dia 28, entra na extensa videoteca do Zumbis do Espaço e atesta desde o título que, apesar de tudo, os caras estão aí para brigar. O vídeo oficial é o terceiro retirado do álbum "A Fúria Selvagem", sendo os primeiros o que dá título ao disco e "
Aos Vivos Fica a Maldição".


O clipe (filmado e editado por Luiz Paulo Lopes) traz imagens de uma apresentação da banda no Hangar 110, em São Paulo, para o lançamento de "A Fúria Selvagem", em maio (veja "Ir, Seguir e Destruir" clicando aqui).






O show de onde foram retiradas as cenas ainda teve caráter solidário, servindo como ponto de arrecadação de doações aos desabrigados pelas chuvas no Río Grande do Sul.

Leia tambémSurra - "Liberdade Eliminando o Mundo" antecipa novo álbum


Persistindo no horror punk 


A letra de "Ir, Seguir e Destruir" tem várias referências a histórias de quem já se ferrou muito nessa vida e não desistiu, de "Search and Destroy" dos Stooges a "Poison Heart " dos Ramones. E tá tudo certo, tá tudo bem, tá assim de bandas que têm o Zumbis como referência. 



A música é daquelas que explodem ao vivo. Tem uma pegada que pede pra cantar junto, coisa fácil num show do Zumbis (o clipe atesta o fato). 

A Fúria Selvagem 




Primeiro lançamento em cinco anos, "A Fúria Selvagem" é o décimo álbum dos veteraníssimos Zumbis do Espaço (Tor Tauil - vocal, Rafael Romanelli “Manialcool” - guitarra e backing vocals, Gargoyle - baixo e Guilherme Martin “Guillaz Von Martian” - bateria) e atesta a persistência da banda e a vontade de continuar compondo suas crônicas macabras por meio de álbuns geniais, ainda que simples. Bem "Lado B" mesmo. 

Aqui está "A Fúria Selvagem ". Acesse agora e ouça ALTO!

*por Artur Mamede 


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sexta-feira, 28 de junho de 2024

Surra - "Liberdade Eliminando o Mundo" antecipa novo álbum

 


Disparado nos últimos suspiros da quinta-feira (27), "Liberdade Eliminando o Mundo" do Surra é o single que mostra a cara de "Falha Crítica", o segundo álbum de estúdio da banda santista, a ser lançado em breve pela icônica Läjä Records.



"Liberdade Eliminando o Mundo" é uma faixa típica do Surra. E "típico" não é repetitivo. Uso o termo para falar que é algo que se espera do Surra. Músicas bem compostas e executadas, letras afiadas e até mesmo, o empenho em se entregar uma boa arte de capa (a maquininha de jogos arcade sobre fundo azul já "pegou").




Aqui está  "Liberdade Eliminando o Mundo". Acesse e ouça ALTO!



"Só exportam medo e ódio"


"Liberdade Eliminando o Mundo" é um veloz e enérgico crossover pontuado por breaks criativos e uma narração que soa como um alerta apocalíptico (mais político que satânico).

E esse tom apocalíptico domina a letra do single. Infelizmente, mais uma faixa composta no submundo do metal/punk/hardcore sobre o avanço do imperialismo ianque (principalmente) vai poder ser usada a qualquer momento, vide as últimas notícias vindas da Bolívia.


O álbum 


"Falha Critica" foi produzido por Leeo Hanna, mixado e masterizado por Hugo Silva. O álbum foi gravado no Family Mob Studios (SP) entre 2023/2024.






A produção de arte ficou a cargo de Guilherme Elias. Maya Melchers e Estevam Romera assinam a produção das fotos e Alexandre Kool, a ilustração.

"Falha Critica" é o segundo álbum de estúdio do Surra, que tem na discografia "Escorrendo Pelo Ralo" de 2019 e "Escorrendo Pelo Ralo - ao Vivo em São Paulo" de 2020, "Tamo Muito na Merda" e "Ninho de Rato", ambos de 2021.

O catálogo se completa com os EPs "Bica na Cara", "Ainda Somos Culpados" , "Virou Brasil" e "Expropriando Sua Fábrica", de 2012, 2018, 2019 e 2020, respectivamente.

Lançamento 


Para o lançamento de "Falha Crítica", o Surra (Leeo Hanna - guitarra/vocal, Guilherme Elias - baixo/ vocal e Victor Miranda - bateria) já agendou show comemorativo. A gig acontece na capital paulista, no dia 27 de julho, com Burrice Precoce, MEE e Militia.

*por Artur Mamede 


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quinta-feira, 27 de junho de 2024

Blasphemaniac - single "Blackest Metal Power" está disponível

 


"Blackest Metal Power" é o mais recente single do Blasphemaniac, banda paulista enfiada até o pescoço no lodo do black/speed metal. A faixa, lançada no último dia 23, tem quase cinco minutos de intensas investidas contra o sagrado e louvores ao couro e spikes.


Sacrílego desde a capa, "Blackest Metal Power" é uma ode à primeira onda do black metal, que em  seu período primordial ainda era soldado pela cervical ao speed e thrash.

Aqui está "Blackest Metal Power". Acesse e ouça ALTO!



Leia também: SxDxM - "Ensaio Sobre a Má Vontade" vem à luz


Legado blasfêmico 


Carregado de riffs cortantes, graves sólidos, bateria em constante avanço e urros raivosos, "Blackest Metal Power" é indicado para admiradores de Vulcano e ainda atinge os speed thrashers que cultuam o primitivo.

O recente single dá continuidade ao metal sujo, rápido e áspero proposto pela banda desde sua formação em 2015, na cidade de Atibaia (SP). A faixa já havia sido lançada em "The Profane Deflowering of the Perverted Immaculate Saint", um split CD com os paraguaios do Warfare Noise, disponibilizado em maio.


Blasphemaniac no palco (imagem do clipe de "Hell's Eternal Fire" do EP "Night of the Necromaancer")

Anteriormente, o Blasphemaniac havia lançado, o EP "Night of the Necromaancer" (abril de 2023), que traz uma versão para "Storm of The Reaper" dos black metallers suecos Nifelheim, 

Em março do mesmo ano junto a Infernal Flames, Sadophallus e Sadokult, a banda lança o 4-way split CD "Infernal Kult Sadomaniac", participando com as faixas "Blasphemaniac", "Armageddon is the Only Way" e "Lust Possession", do álbum intitulado "Bestial Occult Ceremony", que também traz um cover de "Mion's Hill" da entidade japonesa do black metal Sabbat e de onde foi extraído o blasfemo clipe de "The God's Mother Rape".

E tem mais coisas aínda a serem descobertas sobre o Blasphemaniac. Procure.

*por Artur Mamede 


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quarta-feira, 26 de junho de 2024

SxDxM - "Ensaio Sobre a Má Vontade" vem à luz

"Ensaio Sobre a Má Vontade", o segundo álbum da grindêra SxDxM, ou Saldo Desigual Moral, finalmente veio à luz. Lançado de forma totalmente FVM (Faça Você Mesmo) nesta quarta-feira (26), o trampo tem 22 faixas de um enérgico e intenso grindcore cheio de identidade, combativo e engajado.


Nas 22 faixas (sendo uma, "AIDS, Pop, Repressão " cover do RxDxP), a SxDxM impõe sua marca como um dos nomes inovadores da música extrema, e da anti-música, brasileira.

Aqui está "Ensaio Sobre a Má Vontade". Acesse agora e ouça ALTO!

Riffs e timbragens criativas, baixo seguro, trincando e dando a trilha para os beats e breques inovadores, vocais urgentes e firmes, tudo conspira para um grindcore que só é comum e óbvio na raiva. É tudo novo em "Ensaio Sobre a Má Vontade".

Leia tambémParadise in Flames - clipe de "Black Wings" finalmente lançado


Manifesto de ojeriza 


"As várias doenças causadas pelo capitalismo, os abusos de autoridade constantes, a revolta popular e tópicos relacionados ao cotidiano cruel na cidade de Manaus, são os principais temas discutidos em nosso segundo álbum" diz a SxDxM no texto/manifesto publicado em suas redes sociais quando do lançamento do álbum.

A banda afirma ainda que "Ensaio Sobre a Má Vontade” é "um manifesto de ojeriza ao ritmo frenético do sistema, por sua vez responsável pelo apodrecimento físico e mental de nossa sociedade", o que é facilmente reconhecido nas músicas e letras muito bem articuladas por Alice Vitoriano (guitarra), Marcos Corrêa (baixo), Linnu Rodrigues (bateria) e Vinícius Braga (vocal e seleção dos samples).


Capa de "Ensaio Sobre a Má Vontade", por Alice Vitoriano 


Alice Vitoriano (riffs e timbres geniais) assina a desesperançosa arte da capa, além de imprimir sua identidade nos vocais de "Desgraçada". Se há amadurecimento audível nas composições desde a estreia em "Somos Nós a Doença" (2021), culpem o amadurecimento pessoal dos integrantes da banda, mas também apontem a entrada de Alice na SxDxM.




Lembrando ainda que Alice assina a arte da capa de "Má Vontade", EP lançado em 14 de junho que antecipou alguns dos sons que agora compõem o álbum cheio.


Detalhes técnicos


"Ensaio Sobre a Má Vontade" teve as faixas captadas no Estúdio Quarto do Pânico, em Manaus, e mixagem e masterização feitas por Thiago Bezerra no estúdio Madness Music em São Paulo.

Todas as faixas, com exceção para "Aids, Pop, Repressão" (RxDxP) e "Da Fome ao Ódio" e "Excessos" (de Shepsnikov Lima, ex-guitarrista da SxDxM) são de autoria da Saldo Desigual Moral.


Track list 


1. O Propósito da Violência Popular

2. Da Fome ao Ódio

3. Eu Só Vejo Caos

4. Agatha

5. Estigmas Abertos

6. Pastoral do Abuso

7. Excessos

8. Desgraçada

9. Aporofobia

10. 53.6 ppm

11. Hikikomori

12. Epístola em Pólvora

13. Solidão Atípica

14. O Horror Veste Farda

15. Mais uma Morte em uma Periferia Brasileira

16. UJP

17. Genocídio Ancestral

18. John Lennon Sonhou Sozinho

19. Naturalização da Barbárie

20. Estamos de Luto

21. Menor Alvejado

22. Aids, Pop, Repressão (RxDxP cover)


Firme no submundo 


Firmando-se no barulhento submundo, a SxDxM abriu para o Ratos de Porão na passagem da banda por Manaus em 07 de junho e fez as hontas (junto às locais MB4 e Afasia) na Gig surpresa do Pense, no último dia 22, também na capital amazonense.




A próxima grande gig da SxDxM acontece no dia 29 de junho, quando divide o palco com os colegas de grindcore Hellconfesso (AM) e ainda Murrada (crossover/HC de Santarém - PA), Soviet At (post-punk de Manaus) e Lost Lenore (duo darkwave de Manaus e Boa Vista-RR), abrindo para os headliners Facada e Plastique Noir, de Fortaleza (CE), que retornam a Manaus após mais de uma década. O evento é produzido pela Distro dos Infernos.

*por Artur Mamede 


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Paradise in Flames - clipe de "Black Wings" finalmente lançado


"Black Wings" um dos capítulos do álbum "Blindness" do Paradise in Flames, finalmente tem sua versão em vídeo disponibilizada no YT. O álbum, lançado no último dia 13, é uma obra conceitual, uma mini-ópera black metal baseada em "Ensaio Sobre a Cegueira" de José Saramago e na saga trágica de Black Wings.



O clipe de "Black Wings" tem direção e edição de Davidson Mainart e assistência de direção de Bruno Paraguay. Paraguay também é responsável pelas filmagens (com Emanuel Duarte) do clipe, que tem Humberto Lapinha e Julinho César como assistentes 

Se referências a "Asa Branca", o clássico baião de Luiz Gonzaga, trazem destaque a música, a cenografia de André Scalco e Roger Yuri,  mais os figurinos de Germânia Gonçalves e a maquiagem de Ana Furbino, enriquecem clipe.


O fim da cegueira 


O clipe, ambientado numa paisagem agreste e no interior de uma igreja, narra o momento em que a personagem Black Wings renega a fé no clero, tem sua visão devolvida e ganha asas.






Aqui está o clipe de "Black Wings". Acesse e ouça ALTO!

Black Wings, interpretada magistralmente por Rosa Nepomuceno, abre os olhos após a perda do filho para o negacionismo e ganância promovidos pela igreja. E esse encontro com a Morte (a vocalista Opus Mortis) é o início de sua redenção.

Os últimos segundos de "Black Wings", com um close no rosto da personagem título, deixam a expectativa de uma continuação. E é o que espero.

Além de Opus Mortis e Rosa Nepomuceno, em cena temos os demais integrantes da Paradise in Flames e os atores Rubem Antonazzi, Alessandro Mouro e Vinícius Loredo,em grandes contribuições ao clipe produzido por André Damien (guitarra/vocal da banda) e produção artística de Marcelo Viana.

Blindness 






Executado com excelência por O. Mortis ,(vocal), André Damien (guitarra/vocal), Robert Aender (baixo), SJ Bernardo (bateria) e Guilherme Alvarenga (teclado/vocal), "Blindness" é uma amostra do novo black metal brasileiro que não teme inovar, nem quando faz o tradicional.






"Blindness", um lançamento da Paradise in Flames em parceria com Xaninho Discos e Demoncratic Records já é um dos grandes álbuns de 2024 e se encontra na mais alta prateleira dos preferidos da casa. É para se apreciar no último volume.

*por Artur Mamede 


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