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sábado, 16 de janeiro de 2021

"Lado B" - Novo EP da Dead Live resgata fase de rock alternativo da banda

*por Artur Mamede 

Representante amazonense do horror punk a Dead Live tirou da tumba de seu catálogo musical composições da pré-história da banda com o lançamento virtual do EP "Lado B". Disponibilizado nas plataforma de streaming, o EP tem nove faixas compostas entre 1999 e 2000 num projeto de amigos de escola chamado Bleach (a referência ao Nirvana não é a toa).

Produtor, compositor, guitarrista e vocalista da Dead Live, Jefferson Oliveira  recorda o período em que as  faixas foram compostas. "A identidade musical da banda era diferente da atual. O mundo curtia a ressaca grunge e  ainda era o que se ouvia em Manaus. As bandas alternativas locais  ainda focavam nisso e nós estávamos descobrindo o 'estilo'. Essas primeiras composições, assinadas  pelo Rubens de Falco, têm esse espirito. As músicas eram retas e as letras tentavam demonstrar nossas preocupações adultas."


Algumas das faixas são executadas ao vivo ainda hoje, mas com novos arranjos de Jefferson. "Coloquei mais complexidade nas músicas, hoje elas são mais voltadas ao crossover, metal e hardcore, uma evolução natural já que era isso que eu queria fazer na época mas era impedido por limitações técnicas e falta de  equipamentos.  Agradeço aos antigos integrantes que estiveram na banda nesse  período dificil".

Jefferson dá ainda um panorama desse tempo.  "Manaus vivia a onda do rock alternativo, mas essa mesma onda limitava a chegada dos nais novos. Não se abriam espaços para novatos e não tinhamos acesso ao cenário do metal. Quando conseguíamos locais para tocar era sempre fechando o evento. Muitas vezes os donos dos equipamentos, amplificadores, estantes, pratos e até banco da bateria, iam embora antes e a gente tocava como podia, ou nem tocava."

As faixas hoje ganharam corpo e a mão de Jefferson na produção e rearranjos deu vida nova às músicas, uma continuação na linha melódica da banda que saiu do alternativo primal, enveredou pelo horror punk, absorveu a crueza do Motörhead e num crescendo atingiu a velocidade e agressividade thrash/crossover em "Dia dos Mortos", full album lançado em dezembro de 2020.

Confira o EP "Lado B" nos links abaixo 




segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Dead Live exuma o thrash dos 80 no "Dia dos Mortos"

*por Artur Mamede 

Conhecida com uma das bandas que mais trabalha no submundo musical amazonense, a Dead Live não perdeu espaco e voz durante o isolamento imposto pela pandemia de Covid. Ao invés de zumbizar por aí, os representantes do horror punk do Amazonas, capitaneados por Jefferson Oliveira lançaram na noite de Natal o album "Dia dos Mortos", produção FVM de oito faixas distribuidas em pouco mais de 22 minutos.



A obra foi composta, produzida, gravada, masterizada e mixada por Oliveira, guitarrista e vocalista da Dead Live, que conseguiu imprimir sua identidade nos riffs, vocais e  na  métrica das letras, tornado a sonoridade da Dead Live facilmente reconhecível por quem acompanha o segmento do horror punk nas quebradas mais sujas da  internet.

"Dia dos Mortos" ganha um peso maior e  uma velocidade quase thrash nos riffs. A faixa de abertura ("Acerto de Alma") lembra do Slayer primitivo. "A Bela Besta" é um crossover carregado com um baixo bem marcado abrindo para uma bateria raivosa e vocais cheios de fúria. 

"Dia dos Mortos" é a que mais imprime a  influência do Slayer com um riff introdutório macabro reforçado no dobro com uma guitarra mais aguda. "Assassinos" continua na linha do thrash old school com destaque para o baixo e uma bateria audível, mostrando a mão de produtor experiente do Jefferson.

"Demônio das Águas " abre com um timbre obscuro e logo o riff cai para o thrash que  parece ser a  marca desse  novo álbum, veloz e sujo, o que já se entrega com a próxima faixa, "Kreatura" (não é coincidência lembrar da famosa banda alemã), esta ainda tem um groove e breaks interessantes. "Inquisidor" é direta, a destronca pescoço do álbum. A pegada esmagadora continua na faixa final "Matinta". 

A banda entrega assim mais um belo registro em sua discografia, fazendo seu nome no meio horror punk brasileiro. 

A capa leva a assinatura de Daniel Ete, ilustrador já chegado da Dead Live com outras artes macabras para trampos da banda.

O Riffmakers recomenda "Dia dos Mortos" e deixa abaixo o link no YouTube para a  audição do álbum. Apreciem.



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