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quinta-feira, 8 de agosto de 2024

Polybius lança single de "Chuva Veraneia"

O trio amazonense de rock alternativo Polybius lançou recentemente o single "Chuva Veraneia". A faixa é o primeiro registro de 2024 e também marca os trabalhos da nova formação e um novo rumo no som.


Deco Pereira (vocal/guitarra), Edmilson Batata (baixo) e Lucas Edsel (bateria) executam nos mais de cinco minutos de "Chuva Veraneia" um sólido indie rock que se aproxima do post-punk e shoegaze graças ao violoncelo de Elson Arcos, musicista convidado pela Polybius para o single e algumas apresentações ao vivo.

Ouça "Chuva Veraneia" clicando AQUI.




Revirando as influências 


Produzida por Ana Paula Mady (Fubica Home Studio e bandas Mady e Seus Namorados e Neoplasia, entre outras) e gravada em cinco sessões, "Chuva Veraneia" tem um andamento bem diferente do registrado nos trabalhos anteriores da Polybius.

"A Polybius tem sempre movimentado seu som seguindo novas e velhas influência",explica o guitarrista/vocalista Deco, compositor do single, que também assina a arte da capa de "Chuva Veraneia".




Riffs, frases de violoncelo e angústia 


O single se distancia do que se convéncionou a chamar de grunge e que foi a base dos outros trabalhos da Polybius, inclusive do último registro oficial, o álbum ao vivo de outubro de 2023 que tem o título profético de "Metamorfose Fragmentada".

A banda se mostra audaz ao lançar em uma época de consumo veloz de música, onde os streamings são fast-foods, uma faixa com mais de cinco minutos, sendo que os primeiros 60 segundos são para a introdução.

E quando a faixa entra de verdade ainda assim a banda parece não ter pressa em passar sua ideia. A troca dos intensos riffs de guitarra por frases de violoncelo e alguns coros e vozes dobradas também trazem calma (e até angústia). 

Mas os elementos do rock mais raivoso ainda estão aqui. No último quarto da canção há uma explosão de riffs em fuzz e distorção garageira, o baixo soa poderoso e a bateria tem um protagonismo empolgante. "Chuva Veraneia" é para ser acompanhada com calma. 

A proposta que dia anti comercial nesses tempos de fast-food sonoro não incomoda a banda, que nas apresentações ao vivo busca ser fiel ao executado no áudio. E um lançamento em audiovisual já é previsto.

"Em relação a intro, podemos trabalhar bem pouco, somente alguns segundos, nas redes sociais. Então nós planos temos a gravação de um clipe para 'Chuva Veraneia' e ao vivo às vezes temos o Elson Arcos tocando o violoncelo, dando maior fidelidade a composição", disse Deco 

*por Artur Mamede 


APOIADORES RIFFMAKERS 










domingo, 4 de agosto de 2024

Coirama - banda amazonense lança primeiro EP


"da revolução das caras celestes" é o primeiro registro oficial de média duração da banda amazonense Coirama. O EP de cinco faixas, lançado nos primeiros dias de agosto, é carregado do bom indie rock com o tempero do prog, grunge, mangue beat e pop rock.


Esse amálgama sonoro pode ser creditado a gênese da Coirama, nascida nas festas da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) no ano de 2013, quando se vivia a ressaca pós-primeira onda do (bom) rock autoral amazonense que trouxe Platinados, Underflow e outras dos 90.

Muitas dessas referências são identificadas no som da Coirama, mas não há ranço saudosista e nem a emulação de um passado que já se faz distante - queiram ou não.

Aqui está "da revolução das caras celestes". Acesse e ouça ALTO!

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Existencialismo pop


Produzido por Ana Paula Mady (do Fubica Home Studio, faixas 2, 4 e 5) e Michel Pereira (Studio Janks, faixas 1 e 3), "da revolução das caras celestes" soa límpido e audível. A produção do EP levou seis meses, e conseguiu captar o que a banda tinha para falar e também o empenho da produção.

As influências declaradas da banda pelo rock dos 90, mangue beat e brega são facilmente reconhecidas nos bons riffs de guitarra e levadas sincopadas e grooveadas de baixo e bateria.

A parte lírica nos devolve ao período de criação da banda e de onde a própria se inspirou, de rimas fáceis e divagações que podem soar adolescentes, mas com uma boa carga de filosofia existencialista despida da tragédia (o existencialismo trágico nem sempre funciona bem na música).

O tal existencialismo também é impresso de forma pictórica na capa do EP, uma criação de Vinícius Yankee, que teve o talento descoberto por Felipe André, professor de Vinícius e vocalista da Coirama.


Capa de "da revolução..." por Vinícius Yankee 


A capa, segundo Felipe, representa “os caras celestes”, uma representação da banda como um sketch feito pelo artista, dando a ideia de elevação e a proximidade com o "divino" ou a "substância". A ilustração pode ser ouvida (abuse da sinestesia) na faixa "salve-se agora ou cálice para sempre" (já entre as preferidas do editor).




Além de Felipe, que também é guitarrista, a Coirama é formada por Cainã Tamer (guitarra, vocais e voz de apoio), Rui Morais (baixo) e Gustavo Alves (bateria).

Procure saber mais sobre a Coirama. O EP e dois singles estão disponíveis em todas as plataformas.


Track list 

1. estátua de vidro 

2. pecado original 

3. mil desculpas 

4. arta

5. salve-se agora ou cálice para sempre 

*por Artur Mamede 



APOIADORES RIFFMAKERS 








sexta-feira, 7 de junho de 2024

Numbness - single de "Panic" anuncia novo EP


A veterana Numbness, representante do metal Made in Zona Franca de Manaus do início da década de 1990, lançou nesta sexta-feira (7) o single/lyric video de "Panic", faixa composta parcialmente pela banda e executada quase em sua totalidade por Alex Costa Novo, único remanescente da formação original.


"Panic" foi gerada pela inquietação de Alex e teve a excelente produção da Mady, no Fubica Home Studio, laboratório responsável por inúmeros lançamentos da música pesada amazonense. O vídeo está disponível na página do YT da Candiru Records, do Felipe Huffner.

Aqui está "Panic". Acesse e ouça ALTO!!


Riffmakers entrevista Alex Costa Novo 


E o Riffmakers, na pegada do hardnews se apressou em saber mais sobre o projeto. A conversa com Alex Costa Novo virou uma rápida entrevista. Confira.

Riffmakers: Foi com surpresa que recebi pelo Felipe Huffner (Candiru Records), o lyric vídeo de "Panic". Acho que, por ter sido trabalhado na surdina, o lançamento teve ainda mais impacto. E também soube que tudo foi feito por ti. O que te levou a essa escolha.

Alex Costa Novo: Bem, com saída do vocalista,  a saída da guitarrista e por fim do baterista (todos por motivos pessoais), fiquei sem opção de músicos. 

Apesar desta música ter sido parcialmente composta com eles, me vi na necessidade de tomar às rédeas, pois estava ansioso por lançar uma música nova. Então comprei uma guitarra , para estudar as formas de fazer uns solos, sempre fui baixista, mas tenho como base o violão, daí a coisa fluiu. 


Alex em ação com a Brutal Exuberância (Foto: Acervo pessoal)



Riffmakers: A produção foi da Mady (Fubica Home Studio), com quem a Numbness já tem uma relação antiga. Isso de saber as manhas uns do outros facilita o fazer música no estúdio?

Alex: Gravei todas as guitarras, o baixo e os vocais, a bateria foi programada pela Mady, dentro das batidas que o Arthur (filho de Alex e ex-baterista da Numbness. Nota do Editor) compôs, antes de se mudar para Alemanha. 

Foi um desafio, pois nunca tinha tocado um solo de guitarra, então foi legal entrar nessa linha musical de compor solos, até agora está agradando.

Produzir com a Mady é massa, ela entende do som pesado, não precisa falar muita coisa, ela capta de forma excelente o que o músico está precisando.

Riffmakers: "Panic" tem uma arte de capa que remete a desepero, nem podia ser diferente com um título desse. De onde veio a ideia para a composição?

Alex: A letra é um fiel relato da minha mente, principalmente no período crítico da minha depressão, o resto é só ler a letra que o peso da questão vem.

A arte da capa foi gerada por IA atendendo a comandos que dei baseados na letra da música.

Riffmakers: A pergunta é inevitável. Existe a chance de uma possível reunião da Numbness?

Alex: Acho uma reunião pouco provável, pois são outros tempos, e os antigos integrantes estão em outra fase, de muito trabalho, filhos... Convidei o Fábio (Botelho, guitarrista da primeira fase e riffmaker de excelência. N. do Editor) para fazer parte da próxima música, nos vocais e guitarra, mandei mensagem pra ele convidando para finalizar a composição, agora é aguardar uma confirmação.

Riffmakers: Outra inevitável. "Panic" terá uma sequência? O que esperar? Álbum? EP? Demo?

Alex: Sim, terá sequência. Será um EP com cinco músicas inéditas, que serão lançadas conforme a conclusão das gravações.

Riffmakers: Boas novas, enfim. Já aguardamos esse novo trabalho da Numbness.

*por Artur Mamede 


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sábado, 14 de maio de 2022

Delírio e despertar no pós-post-punk da Poesia Maldita


*por Artur Mamede 

O pós-post-punk da novíssima Poesia Maldita  (Bruno Castro - guitarra e voz, Francisco Chagas - baixo e voz, Ronyveder Costa - bateria) traz (novamente) luz a tradição de Manaus como berço de poesia crua, dos escritores madrugadores aos sirróticos, dos obscuros cantos da Alma  Nômade. 

O trio encapsulou essa urgência poética em "Prólogo", um trabalho de oito faixas produzido, mixado e masterizado por A. P. Mady, também responsável pelo eficiente uso dos teclados e guitarra solo nas faixas "Psicopata" e "Marina". Mady ainda imprime no trabalho a manha de quem faz  muito com pouco, de quem produz, no quarto de casa (a.k.a. Fubica Home Studio), do hardcore a lambada. E assim foi feito na captação de voz e cordas para "Prólogo". Já as batidas básicas e inspiradas de Ronyveder tiveram seu registro no Studio Janks, outro exemplo de dedicação na busca do som mais aproximado da temática da banda.


É rock básico, tem uma leveza pop radiofônica e ainda assim é neo-romântico e trágico tal qual dezenas de bandas "The" dos 80 e 90. A arte da capa de "Prólogo" reúne entidades da poesia simbolista e aos mais empedernidos emparedados no academicismo beletrista pode parecer empáfia de três caras que ousam se sentar sobre ombros de gigantes, mas isso só os faz ter uma visão maior. E "o poeta é um fingidor", então que eles se sintam gigantes também. A poesia é maldita e livre. 

Ouçam "Prólogo" clicando aqui.

Destruidör - primeiro álbum ergue o machado do metal oitentista

Destruidör, a one-man-band encarnada em Victor "Skullcrusher" Viana, no álbum "Raising Hell" ergue o machado do metal ex...