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quinta-feira, 25 de julho de 2024

Cülpado anuncia novo guitarrista


A banda curitibana de death/thrash Cülpado anunciou nesta quinta-feira (25) a chegada de Divon Augusto. O músico (Apostated, Abadon, ex- Alcoholic D.C.), substitui o guitarrista Kevin Vieira.


Cülpado é mais um projeto do Jefferson Verdani, baterista do Axecuter, Murdeath, Jailor e Sad Theory. Com o ingresso do novo guitarrista, a formação atual da Cülpado é Jefferson Verdani (baixo/vocal), Allan Carvalho (bateria) e Divon Augusto (guitarra).


Divon Augusto assume as guitarras da Cülpado


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Cülpado

Formada em Curitiba no ano de 2020, a Cülpado veio com a proposta de executar o death/thrash da antiga tradição: rápido, sujo e pesado. A parte lírica também segue a linha da brutalidade dissecando nas letras casos de assassinatos e os atos grotescos de serial killers e canibais brasileiros.





A banda possui um álbum, "Romper da Realidade" (Ouça aqui), lançado em 2021 em uma parceria com a Kill Again Records, além de singles das faixas "Loucura a Dois" e "Canibais de Garanhuns". O material disponível foi todo gravado por Verdani.

O álbum tem a arte da capa assinada por Ícaro Freitas (ex-Mortificy banda amazonense de brutal death metal), do estúdio Skull Full of Ink, de Curitiba. 

Cülpado e os outros projetos de Jefferson Verdani são facilmente encontrados nas redes sociais e nos streamings. Não deixe de procurar.

*por Artur Mamede 



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sexta-feira, 5 de julho de 2024

Drowned - "Deus me Livre de Deus" marca o posicionamento da banda


"Deus me Livre de Deus", o novo single do Drowned, lançado na manhã desta sexta-feira (5), é um dos mais violentos da série de faixas, disparadas uma por mês, que antecedem o novo álbum da veterana entidade do death/thrash mineiro.


A faixa é a sétima da série que já disparou "Que a Força Esteja com Você", "Ao Pó Voltarás", "Desgraça Urgente", "Misoginia em Cristo", "Expresso 1888" e "Ecocídio Napalm", todas facilmente encontradas nas plataformas de streaming e vídeo.

Aqui está "Deus me Livre de Deus". Acesse e ouça ALTO!

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"Aqui não há meias palavras"


"Deus me Livre de Deus" é até agora (opinião do editor) a faixa mais violenta e virulenta da série. Violência que se estende à capa (mais uma de Fernando Lima, vocal do Drowned), que lembra a versão brasileira - com zumbis verde-amarelos, sol escaldante e urubus, da capa de uma famosa banda californiana (cessam aqui as semelhanças).

A temática foi melhor explicitada no texto (manifesto) publicado pela banda no momento do lançamento de "Deus me Livre de Deus", reproduzido abaixo 

"NOVO SINGLE! ACORDA! DEUS NÃO EXISTE! Leiam abaixo!
Deus. Este é o tema deste Single. 
A letra fala por si só, nem seriam necessárias maiores contextualizações aqui! Leiam lá!
E Deus, que não existe, serve de pano de fundo para o homem explorar seu semelhante em sua fraqueza. Claro, também fundamenta as eternas cruzadas, ou vocês acham que toda a crise, todo esse discurso moralista, todo esse horror ao diferente também não estava presente nas fogueiras? A Inquisição nunca acabou, apenas migrou para a internet, para as redes sociais, principalmente. Deus me livre de Deus! 
E é sobre esse "ser" inexistente, que poucos têm coragem de falar e encarar a realidade, é que trata essa música. Que comece o choro e ranger de dentes!
A capa é uma ilustração de Deus apodrecido pelo homem e o título é em cima da força de expressão popular, já que tudo aqui é “graças a Deus”.
Nosso novo disco você está conhecendo aos poucos. Trata do Brasil e do brasileiro. Se nossa mensagem te abala, provoca reflexões que você não quer ter (te tira da sua zona de conforto), busque alguém para te explorar em alguma igreja, templo, sinagoga, terreiro ou qualquer local. Siga de olhos fechados. Aqui, não há meias-palavras."




Selo Drowned de Porrada Sonora 


Fernando Lima mais Thiago Rodrigues e Marcos Amorim (guitarras), Rodrigo Nunes e Beto Loureiro (baixo e bateria, respectivamente), não baixam a guarda e nem deixam de atacar um instante que seja nos três minutos de pancadaria death/thrash. A calma vem num prólogo estranho que parece uma jam session que só me deixou mais intrigado.

Rifferama ultraveloz e criativo, baixo e bateria incessantes na condução e breques e vocais berrados (as vezes dobrados) são a marca de "Deus me Salve de Deus" e acentuam a sólida identidade de brutalidade do Drowned.

Posicionamento 


O single, e a série que o traz, reforçam também o posicionamento direto e reto da banda em falar de temas que são evitados para "não rachar o movimento". Lembrando que esse posicionamento não é de ontem, um exemplo é o ótimo "Bio-Violence" que já tem quase duas décadas de lançamento.

A série de singles já trouxe temas como a mídia controlada e enviesada, a hipocrisia no combate a entorpecentes, machismo/misoginia, racismo estrutural, predação/desmatamento/envenenamento promovidos pela agroindústria e a zumbificacão em massa imposta por ideias teocratas. 

Se alguém rachou o movimento, foram os do lado de lá. 

*por Artur Mamede 


APOIADORES RIFFMAKERS 






sexta-feira, 7 de junho de 2024

Drowned - "Ecocídio Napalm" acende o alerta para o meio ambiente

"Ecocídio Napalm" é mais um single do Drowned que dá sequência a série que pretende lançar uma faixa por mês. A faixa lançada nesta sexta-feira (7) mantém a pegada death/thrash e a postura adotada pela banda de se posicionar contra alguns temas espinhosos.


Meio-ambiente é o tema de "Ecocídio Napalm", faixa que segue a série de músicas/crônicas do nosso tempo escritas no estilo Drowned. Da série, com alguns títulos auto explicativos, já ouvimos "Que a Força Esteja com Você", "Ao Pó Voltarás", "Desgraça Urgente", "Misoginia em Cristo" e "Expresso 1888".

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Metal é combate 


Sobre o posicionamento frente a questões sociais, que para muitos é visto como utópico e se assemelha a pregar no deserto, o Drowned foi enfático na nota de apresentação de "Ecocídio Napalm". "Somos um nada nesse Universo, mas vamos seguir martelando. É para isso que o Metal veio!", disse a publicação.

O tema do recente single não é novidade para o Drowned, tendo sido abordado durante toda a carreira da banda, com maior força no álbum "Bio-Violence" de 2006.

Segundo o Drowned, a volta ao tema é necessária, já que " a relevância segue intacta, agravada pela ação humana nas últimas décadas. Das indústrias ao Agronegócio inescrupulosos, passando pelas mineradoras, por todos nós, cada um tem sua cota de responsabilidade". 




A banda ainda exalta a necessidade de se discutir o assunto e alerta para o perigo dos lobbies da agroindústria. "A proteção ao meio-ambiente não é uma conversa de acadêmicos. E a falta dela mata. Pauta da destruição é ditada por quem tem dinheiro, compra fácil cliques, coopta discursos em tribunas, posa para fotos em desastres, distribui fake news, etc. Até 2,4-D, um componente do chamado 'agente laranja' usado pelos Estados Unidos na Guerra do Vietnã por aqui já foi usado, para se ter uma ideia", afirma o Drowned na nota.

O single 


Para reforçar a mensagem de "Ecocídio Napalm" o Drowned lançou mão da conhecida e saudável simbiose entre as bandas de Belo Horizonte, o que faz as cidade ser conhecida por alguns como BH Area, em referência a cena que moldou o thrash metal dos anos 80 nos EUA.

Assim, a faixa tem a participação de Marco Mark, guitarrista do Chakal que contribui com alguns solos. Ainda falando em Chakal, o Drowned foi conduzido nas gravações por André Cabelo, vocalista da influente banda citada.




Ouça "Ecocídio Napalm" clicando aqui ou no streaming de sua preferência.

O resultado é puro death/thrash metal. Um arregaço de três minutos intensos para bater cabeça e também para fazê-la funcionar.

E já fica o aviso. O próximo single com AA grife Drowned sai em 95 de julho. Anote!

*por Artur Mamede 


APOIADORES RIFFMAKERS 









sábado, 20 de abril de 2024

Nocturnal Bleed lança "Lake of Fire"



"Lake Of Fire" primeiro full length da Nocturnal Bleed é um dos grandes lançamentos do ano. Disparado nas plataformas de streaming na noite de 19 de abril, o álbum de 10 faixas surpreende pela produção esmerada e interessantes variações rítmicas inseridas no death/thrash executado pelo quarteto belenense.


Aos aficionados em death/thrash tradicional, a audição de "Lake of Fire" ganha um atrativo quando emoldurada pela arte da capa, um trabalho bem fiel ao estilo.






Criação de "Lake of Fire"


O espírito DIY (Do It Yourself, ou Faça Você Mesmo)  permeou todo o processo, da gestação ao lançamento de L.o.F, explica o guitarrista/vocalista Lucas Farias. 

"'Lake of Fire' foi o primeiro trabalho gravado em estúdio, guitarra e voz. Nas vozes, gravei tudo em um dia e os solos também. Nada foi escrito (antecipadamente), acabei criando na hora. Assim é mais desafiador", disse o músico.

O guitarrista Felipe Cohen dá mais detalhes. "Esse trabalho foi gravado em julho de 2022 e a pós-produção só foi encerrada no fim de 2023. 'Lake of Fire' foi gravado e masterizado pelo Paulo 'Doido'  Wallace, uma figura renomada no meio, e que já trabalhou com Thunderspell e Retaliatory", aponta Cohen .

As gravações foram realizadas no C.S Studio, no Panorama XXI, em Belém do Pará, e tiveram a participação do guitarrista e produtor da Delinquentes, Paulo Bigfoot em capturas dos singles "Scourge of Pain" e "Terror Supremacy".

Falando sobre a parte gráfica, o guitarrista comentou, "A arte de encarte foi desenvolvida pelo artista macapaense Kleber Guimel, que já vem trabalhando conosco desde 2020, com a criação de logos e artes para singles e releases", destaca Felipe.

"Agradeço a todos que, de alguma forma, ajudaram a banda a chegar até aqui: músicos, amigos, produtores e ao público que financiou e financia tudo que a banda produz", finalizou Lucas.

A Nocturnal Bleed atualmente conta com os membros fundadores Felipe Cohen (guitarra) e Lucas Farias (guitarra e vocal), mais Jean Souza (baixo) e Rob França (bateria). 

Aqui está "Lake of Fire" acesse e ouça.

Faixa a faixa 


"Morbid Whisper" é uma atmosférica intro de 52 segundos. Os sons de batalha casados com um teclado etéreo, causam um clima tranquilo e ao mesmo tempo desconfortante.

A "verdadeira" primeira faixa, "Terror Supremacy", corta os laços com a incômoda tranquilidade e mostra a qualidade empenhada na produção do álbum.  A banda soa limpida, um paradoxo para o bom death metal. Instrumental sempre avante, brutal e impiedoso e um grande registro de vozes, com vocais dobrados e backings assombrosos. 

"Malevolence of the Dead" abre com um solo de metal tradicional virado num riff coeso, uma boa introdução para a faixa que logo ganha uma cadência death metal nos moldes de Tampa. O uso de vocais dobrados e backing vocals traz uma lembrança do Deicide.

Carregada no groove e riffs thrasheados "Fetus Massacre" tem um andamento moderado onde o vocal se encaixa bem tornando clara a audição da letra. A bateria sobe e aparece sem o apelo, comum hoje em dia, de exibição de técnica, produzindo bons momentos para o headbanging, até seu encerramento épico.

"Sound of the Nails" tem um clima industrial e um riff cadenciado fazendo a cama para o domínio do baixo. A faixa é uma das mais ricas em variações.

Mais death metal estilo Flórida 1990 aparece em "Lake of Fire". Uma ode à cultura old school, inclusive com um refrão sacrílego e um encerramento em fade in que só traz vontade de repetir a audição.

"Planetary Slavery" tem uma rifferama thrasher que logo abre em death metal raivoso. Após essa ponte, vem uma parede sonora protagonizada por uma boa sessão orgânica de blast beats que não duelam com o metrônomo.

"Final Sign" é death metal desde os primeiros acordes e batidas. Tem alguns toques doom e um ótimo solo.

"Devour the Corpse" carrega no clima doom, o baixo conduz a faixa, cabendo aqui um econômico e eficiente solo de graves que é quebrado por um intenso avanço dos bumbos rumo ao death/thrash.

O álbum fecha com "Scourge of Pain" que tem uma introdução marcial que segue num crescendo à velocidade absurda. Um bom solo de guitarra encerra a faixa e o álbum e o silêncio dos primeiros segundos após a audição trazem de volta o desconforto da faixa de introdução. O melhor a se fazer é repetir tudo de novo 

"Lake of Fire" é um grande álbum e, se tu costuma participar das enquetes sobre os melhores do ano e coisas parecidas, anote o nome da Nocturnal Bleed. 

*por Artur Mamede 




segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Intoxicated, esquecido no boom do death metal da Flórida dos 90, está de volta

*por Artur Mamede 

O Intoxicated é uma das bandas surgidas na Flórida durante o boom do death metal made in USA dos anos 1990. E foi a bolha criada pelo mercado que os deixou na série C, ou D, do campeonato. 

Agora, 23 anos depois de um EP lançado, a Intoxicated retorna. Com isso, veio a reboque o clipe de "Walled", faixa que dá nome ao novo EP, a ser lancado pela Seeing Red em 28 de agosto. 

O que se ouve/vê é o crossover death/thrash daquela época e tocado com a mesma raiva de então por estes jovens senhores.

O vídeo, filmado em 2019 em um show com o DRI, até lembra dos VHSs piratas dos anos 1980/1990. Acho até que muitos da plateia, que aparecem no clipe, também estavam lá na época. 

A produção simples é explicada pela banda em.uma publicação da Decibel Magazine. “Sabíamos que seria uma loucura, então demos ao operador de câmera um capacete e um coquetel Adderal / Valium.”

Assista "Walled" no link abaixo.


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