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quarta-feira, 2 de julho de 2025

Morbid Whisper retorna com novo EP e lyric video


Em 2025 a piauiense Morbid Whisper volta com toda a fúria ao cenário do death metal BR. Não que estivessem parados, mas o atual momento é de bastante trabalho para a banda que teve sua primeira formação há quase 30 anos.


No início de maio, os death metallers do Delta do Parnaíba haviam lançado o EP "Echoes of Mind", um arregaço de três vigorosas faixas impregnadas de death metal da velha escola.

Aqui está "Echoes of Mind". Acesse e ouça ALTO!

E a banda reforça o combo da morte com a chegada, no primeiro dia de julho, do lyric video de "Beloved Relief" faixa retirada do referido EP e que ficou mais sombria com a interpretação audiovisual dada pelo Motim Underground (veja o clipe clicando AQUI)


Capa de "Echoes of Mind" por Ink Creations

O retorno


A Morbid Whisper, formada originalmente em Brasília no ano de 1996, é uma banda marcada por sua resistência. Desde sua fundação as mudanças acontecem, sejam geográficas ou na sua linha de frente. Mas sempre carregando a tocha do metal da morte.

"Echoes of Mind" vem substituindo "Habemus Mortem", de 2021, um álbum pós-pandêmico, um período que gerou ódio e também muita reflexão.

E o atual EP explora os sentimentos sombrios que episódios assim imprimem na alma, o que foi muito bem traduzido no lyric video.


Frame de "Beloved Relief" por Motim Underground

As três faixas de "Echoes of Mind" são tão brutais quanto contemporâneas,  técnicas e inspiradas. O que a Morbid Whisper (Fábio Nasc - baterista/fundador, Fábio Meneses - vocais, Leandro Magu - baixo, Lucas Linhares e Murilo War - guitarras) encaspsulou nos pouco mais de 13 minutos de duração do EP mostram a maturidade de uma banda que precisa ser mais conhecida e reconhecida. 


Track list

1. All Wish You Is Pain

2. Beloved Relief

3. Too Late Now


*por Artur Mamede


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segunda-feira, 23 de junho de 2025

Cranium Crushing - "Sacrifice of Shadows" ergue alto a bandeira do death metal


Lançado no último dia 20, "Sacrifice of Shadows", dos maranhenses do Cranium Crushing, levanta alto a bandeira do death metal da velha escola, onde a banda classifica seu próprio modo de executar o estilo como rápido, podre e violento.


E os três adjetivos sao realmente aplicados e ouvidos nas 10 brutais faixas de "Sacrifice of Shadows" que carregam a rispidez do death metal mais direto, emulando a ambientação hostil e satânica da virada 80/90, mas com personalidade própria.

Aqui está "Sacrifice of Shadows". Acesse e ouça ALTO!


Capa de "Sacrifice of Shadows"


Primitivo e brutal


Gravado e mixado por Ruan Cruz no KM4 Studio (São Luiz-MA), "Sacrifice of Shadows"  sucede "Destroy the House of God" de 2015, álbum que já mostrava todo o poderio de fogo da Cranium Crushing, um ataque matador registrado pela primeira vez em "Reaper of the Lives" do distante ano de 2009, que tem faixas resgatadas no álbum de 2015.

Leia tambémIneffabilis - por trás das "Máscaras da Sociedade"

Portanto, "Sacrifice of Shadows" marca a evolução da banda e sua persistência em executar o death metal primitivo e brutal, mas acompanhando o que a tecnologia atual oferece.

Se ouve aqui ecos de Deicide (na intro da faixa de abertura, a memória me jogou à uma audição em k7 de 'Satan Spawn, The Caco Daemon" no século passado), em algumas linhas de baixo e vocais. 

As guitarras trabalham moendo acordes, em conjunto ou duelando, como nos clássicos do Slayer e Possessed e a bateria segue impiedosa e potente, dominando toda a audição, sem apelar para malabarismos exibicionistas de centenas de BPMs.

É um grande momento para a formação da Cranium Crushing (Alexandre Costa e Raphael Marques – guitarras, Gabriella Vilar – bateria/teclados e Ricardo Marques – baixo/vocais), que crava o álbum de retorno como um dos grandes de 2025.


Track list


1. Sacrifice of Shadows

2. No Salvation

4. Abyssal Persecutor

4. Human Decay

5. Obscure

6. Sigil of Baphomet

7. Hell's Hierarchy

8. Scourge of God

9. Your Life is Torment

10. Depraved Repugnance


*por Artur Mamede


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domingo, 15 de junho de 2025

Throne of Maggots - loucura confessa pelo death metal 90


A loucura e paixão confessas pelo death metal sombrio e direto dos anos de 1990 gerou o nascimento de mais um super grupo (sim, eles existem no underground também) do estilo mo Brasil.



A entidade sonora encarna no Cérbero aqui batizado de Throne of Maggots, o power trio formado por Marcos Amorim (guitarrista do Drowned), Luiz Carlos Louzada (vocalista do Vulcano) e Henrique Lima (baterista, ex-Dirty Grave).

A primeira manifestação da Throne of Maggots foi lançada no início de maio. O single "Meet You In Hell" é uma poderosa faixa de 2'36" de duração, onde o trio destila um death metal da velha escola mas usando o aparato tecnológico de hoje, o que não compromete a proposta do projeto.

Aqui está "Meet You In Hell". Acesse e ouça ALTO!


Capa do single "Meet You In Hell" por Fernando Lima.


Toda honra ao OSDM



"Meet You In Hell" soa límpido e alto. Musicalmente é death metal técnico, rápido e agressivo, sem apelar para acrobacias e exibições vazias de resistência em guturações, riffs e BPMs.

Leia aqui: Disfagia - "Corrupção" é o novo EP da one-man-band

Destaca-se ainda a capa assinada por Fernando Lima (vocalista do Drowned), que captou a essência impressa no som. A arte lembra um pouco de alguns trabalhos de Dan Seagrave, grande ilustrador de bandas ilustres do metal extremo. 


A gênese do T.o.M



De acordo com o publicado recentemente pelo Throne of Maggots, a ideia de fazer um projeto que praticasse o death metal como nas antigas veio de conversas entre Amorim e Louzada, em maio de 2024.

Após as primeiras faixas compostas por Amorim, veio a convocação de Henrique para as baquetas e um ano de trabalho em estúdio.

O Throne of Maggots afirma ter repertório para o álbum de estreia. E por aqui, aguardo o resultado de tal esforço. Que venha logo!

*por Artur Mamede


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quinta-feira, 12 de junho de 2025

Rebaelliun - "Ignite" acende as chamas do novo álbum


Lançado no último dia 6 como single e clipe, "Ignite" é a chama que anuncia a chegada do álbum de retorno do Rebaelliun. A faixa também crava sua marca no death metal nacional por ser o primeiro registro oficial de Bruno Añaña como baixista e vocalista do trio gaúcho.


"Ignite" é carregada de fúria, peso, velocidade, agressividade e técnica e à essa mão de cartas, já suficiente para um bom jogo, acrescentaram os ases da experiência de dois anos de gigs no Brasil e Europa, que afiaram ainda mais a formação.


Gravada no início de 2025, após as tours de divulgação de "Under the Sign of Rebaelliun" (2023), "Ignite" tem mais de quatro minutos de um bem trampado death metal, com poucas pausas para respirar, fazemdo da audição uma experiência opressora aos não chegados, mas que ainda assim não deixo de recomendar.

Aquo está o clipe de "Ignite". Acesse e ouça ALTO.


Capa do single "Ignite"

Ignite


O clipe de "Ignite" é relativamente simples em sua concepção, com a banda executando a faixa em um galpão. Da concepção à prática há o salto que enriquece o audiovisual. Alternando planos abertos e closes, a boa iluminação e enquadramentos fora dos manuais, marcam positivamente a direção, montagem e fotografia de Alessandro Alves.



Frame de "Ignite". Direção de Alessandro Alves



O single/vídeo de retorno do Rebaelliun às composições registra o entrosamento do trio. Sandro Moreira, baterista da formação original (1998) mantém a chama do death metal da velha escola muito bem apoiado por Evandro Passos (guitarra) e Bruno Añaña (baixo e vocais), que ingressaram na banda após as trágicas partidas de Fabiano Penna (g) e Lohy Fabiano (b/v) em 2018 e 2022, respectivamente.

Añaña tumbém assina a letra (um dos pontos fortes do Rebaelliun desde sempre) com Sandro Moreira. Além de ser responsável pela gravação e mixagem de "Ignite".

Liricamente "Ignite" é uma bandeira da rebelião criticando verdades tidas como absolutas e o fanatismo que cresce sem questionamentos. A subjetividade pode levar a interpretação da letra à política, religião e até a dogmas que circulam no metal. 

Tais críticas já levaram a Rebaelliun a ser atacada antes, mas não vejo sinais de que a banda vai pedir arrego. A Rebaelliun está aí para acender o fogo e estabelecer a anarquia.

*por Artur Mamede

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sexta-feira, 21 de março de 2025

Able To Return - "Silent Storm" alerta para a dependência emocional


"Silent Storm", single lançado em janeiro pela Able To Return, ganhou nesta sexta-feira (21) sua versão lyric video. Com a iniciativa, a banda oriunda de Santarém (PA), reforça, por meio da exibição da letra, a busca pelo auto-aperfeiçoamento e a cura para a dependência emocional.


A faixa, produzida por Cláudio Jr. Tripa, no ATR Records traz a Able To Return (Caroline Pilletti - vocal, Diego Maciel - bateria, Dinho Matos - baixo, Igor Pilletti e Tomaz Jr. - guitarras) afiada em letra e música executando seu poderoso e técnico death metal.

Ouça "Silent Storm" e outros singles da Able To Return clicando AQUI.



Capa do single "Silent Storm"



"Silent Storm" é a primeira faixa divulgada do futuro EP da Able To Return. O registro vem sendo trabalhado desde 2024 e as previsões de lançamento são para muito em breve .



Ciclo da Fênix e a dependência emocional 


Segundo a banda "Silent Storm" fala sobre a dor de uma decepção sofrida por alguém dependente emocionalmente de outra pessoa. Uma dor tão dilacerante que leva o ser a uma morte interna, perdendo as esperanças, levando-o ao ódio e a vingança em um primeiro momento. 

"Com a música queremos fazer um alerta sobre dependência emocional, um incentivo à busca do autoconhecimento e a busca do entendimento que não podemos mudar as atitudes do outro, que não temos controle sobre os eventos externos. Podemos apenas mudar a si mesmos e controlar nossas próprias ações. "

Em "Silent Storm" a dependência emocional é apresentada em todos nos níveis de relacionamentos. "Pode ser uma decepção amorosa, uma amizade ou mesmo com familiares. O individuo muitas vezes não entende que vive essa situação. Ele vive o medo de ser abandonado, a busca incessante por aprovação, não consegue ficar sozinho, sempre se sente inferior e tenta agradar a todos o tempo todo", explica Caroline Pilletti.

A Able To Return, que tem a fênix como mascote faz uma analogia entre a mitológica criatura e a recente faixa. "Como todas as músicas da Able to Return temos o ciclo da fênix: uma tragédia, morte e renascimento. A decepção aqui é vista como uma grande tragédia já que o individuo dependente emocional vê o próximo como sua única fonte de felicidade, não vê mais sentido na sua vida sem a presença do outro.

Ao chegar no refrão suas forças já são escassas e ele se entrega a 'morte', a morte de um sentimento que aprisiona, a morte de suas esperanças, a morte de quem ele era para ressurgir na próxima parte da música. 

No terceiro momento o ser vive o seu luto e entende que precisa seguir, que não pode mais viver dessa forma, que precisa viver por ele mesmo e renasce das suas próprias dores, das suas cinzas, para amadurecer e seguir apesar da dor. 

A música marca bem essas mudanças através da dinâmica da musica. Cada momento apresenta intenções marcantes na melodia e nos vocais. Os riffs e solos mais intensos junto com a bateria marcante mostram a mudança de atitude do individuo ao longo da música", conclui a vocalista. 


Guerras sem fim 


De edição ágil e imagens impactantes de conflitos de vários espectros e que parecem sem fim, "Sikent Storm" é mais um trabalho audiovisual de Marcelo Silva, designer que já acumula quase 600 lyric vídeos de bandas de todos os calibres no portfólio.


Frame de "Sikent Storm"


Caroline Pilletti falou ao Riffmakers sobre o papel do audiovisual para a Able To Return e demais bandas do underground.

"Sem dúvida os video clipes são de extrema importância. Infelizmente não tivemos recursos financeiros para fazer o clipe da "Silent Storm", mas estamos nos preparando para o lançamento das próximas músicas com lyrics e video clipes. Porém estamos muito felizes com o resultado do lyric video feito pelo Marcelo pois além dele captar a ideia da música, nós demos total liberdade a ele para complementar com sua criatividade. E o resultado ficou impressionante, acrescentando novas interpretações à musica", comentou Caroline.

Também falamos com Marcelo Silva que, enquanto editava mais um video para seu extenso histórico, contou como se deu a aproximação com a Able To Return.

"A Able to Return chegou por intermédio do grande Raphael Cassotto (headbanger, influenciador e músico da Dark Tower) e as ideias com a Caroline bateram de imediato, foi natural a forma que este video foi produzido", afirmou Silva 

O designer deu alguns detalhes da produção. "Estou tentando trazer minha esposa pra minha área e pedi para que ela fizesse a edição do video, depois só foi pôr a letra e os efeitos pra entregar de fato o que a musica pede o tempo todo, agressividade. Foi um trabalho em conjunto que resultou nesse clipe que sem duvidas pra mim está na lista dos melhores desse ano!", encerrou Marcelo.

Aqui está o lyric video de "Silent Storm". Acesse e ouça ALTO!


*por Artur Mamede 


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terça-feira, 4 de março de 2025

Nightmare Slaughter revela capa de "VVLGATAE"


Nightmare Slaughter (a.k.a David Koss) divulgou recentemente a capa de "VVLGATAE", mais um álbum conceitual da entidade death metal que opera como one-man-band desde 2005. 


A capa de "VVLGATAE", assinada por Koss - como outros trabalhos do Nightmare Slaughter - segundo o próprio, retrata a podridão e a decadência do Vaticano, mostrando o que acontece por debaixo dos panos, "por trás de todo o ouro e hierarquia que existem nesse lugar". 

"VVLGATAE" sucede "The Mother of Abortions" (2023), obra conceitual que aborda a mitologia mesopotâmica e a Thelema, além de outros temas comuns a quem se aprofunda na filosofia ocultista, executados com maestria e fúria (OUÇA AQUI).




Capa de"VVLGATAE" por David Koss


Tema espinhoso



Embasado em documentários, artigos, filmes, sites e notícias de jornais, o álbum faz uma imersão crítica no submundo da pedofilia no meio religioso, especialmente na Igreja Romana, e aborda a cultura do amordacamento à suas vítimas.

De acordo com o compositor, tratar de um tema tão espinhoso, requer sangue frio por ser algo possível de acontecer com pessoas próximas. "Confesso que, durante a pesquisa e o aprofundamento, senti alguns arrependimentos por tratar de algo real, que pode acontecer com qualquer pessoa e em qualquer âmbito social, principalmente dentro do ambiente familiar. A maldade contida nos atos cometidos por séculos por padres, clérigos, diáconos, arcebispos e toda a corja ligada à Igreja Católica tem sido maquiada e escondida da luz da verdade pelos próprios e por seus seguidores, que, na maioria dos casos, servem de cúmplices para acobertar o inadmissível, baseando-se na fé imposta culturalmente", escreveu Koss.

O músico conta que houve ainda dificuldades na captação de relatos. 'Mesmo com tantos meios de acesso à informação, os casos são parcialmente vagos. Se a pessoa não tiver paciência, acaba desistindo, pois o tema não é tão difundido", ressaltou. 


Material para pesquisa 



No comunicado publicado nas redes sociais do Nightmare Slaughter, Koss listou algumas de suas fontes de pesquisa. Lá se encontram documentários como "Exame de Consciência" (espanhol), "Atrás do Véu: Sobrevivendo à Igreja Luz do Mundo" (mexicano), "Minha Máxima Culpa - Silêncio na Casa de Deus", "Não Digas a Ninguém" (polonês) e os filmes "Graças a Deus" (francês) e o vencedor do Oscar de melhor filme de 2016, "Spotlight: Segredos Revelados".

As citadas obras, segundo ele, "retratam o pesadelo real vivido por milhares de famílias ao redor do mundo, com relatos absurdos de pessoas que tiram a própria vida e de pessoas que não conseguem ter uma vida social devido ao trauma sofrido na melhor fase da vida, a infância."

Koss agradece ainda aos jornalistas Fábio Gusmão e Giampaolo Morgado Braga, pela obra "Pedofilia na Igreja: um Dossiê Inédito Sobre Casos de Abusos Envolvendo Padres Católicos no Brasil" (2023), que classifica como 'o ápice da minha pesquisa".

*por Artur Mamede com informações de David Koss 


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terça-feira, 12 de novembro de 2024

Flesh Grinder - "Biacromioxifopubiano" tem capa e track list divulgados


O Flesh Grinder, trio catarinense de splatter/goregrind/death metal, divulgou recentemente a capa e o tracklist de "Biacromioxifopubiano", o novo álbum da banda a ser lançado ainda em 2024 pela Black Hole Productions.

"Biacromioxifopubiano" tem 10 faixas que mantém a agressividade e as letras cruas que estabeleceram o Flesh Grinder como uma das principais potências do gênero no cenário mundial.

Leia também: RESENHA Miasthenia -"Espíritos Rupestres" (2024)


 Podridão gráfica extrema 


A arte da capa de "Biacromioxifopubiano" é assinada Jansen Baracho, artista gráfico e ilustrador que recentemente fez a capa do novo álbum do Zombie Cookbook. Baracho também é responsável por capas de Rot, Sodom, Agnostic Front entre outros. 

Capa de "Biacromioxifopubiano" por Jansen Baracho 


O restante da arte esteve a cargo de Fernando Camacho, diretor de arte que já trabalhou para o Flesh Grinder em vários outros álbuns como "SPLATTER", "Libido Corporis", "Crumb’s Crunchy Delights Organization", "Necrophiles" e outros.

"A capa foi pensada em uma homenagem ao 'Indecent And Obscene' do Dismember e também representa o título e as músicas do material. Nela temos a incisão Biacromioxifopubiana em um corpo em decomposição. Já na parte das letras, os estágios da decomposição humana são a grande influência", disse Fábio, guitarrista e vocalista do Flesh Grinder.


Podridão característica e nova energia 


"Biacromioxifopubiano" foi gravado pelos dois legistas remanescentes, o acima citado Fábio e o baterista Daniel. O trio Flesh Grinder atualmente se completa com o guitarrista Douglas, e segundo o anúncio, o novo material será um lançamento imperdível para os fãs de metal extremo, trazendo não apenas o peso, brutalidade e a podridão característica, mas também uma nova energia que reflete no som da banda durante toda essa caminhada pelos frios e escuros corredores do IML.


Track list


01. Biacromioxifopubiano  

02. Tanatognose

03. Green Bacterianus

04. De Processus Corporis Apertio

05. Artificialis Pathologia

06. Hemicorporectomia

07. Fossa das Flictenas

08. Fenômeno Abiótico Transformativo Destrutivo

09. Butyricum Clostridium

10. Metano, Cadaverina e Putrescina


*por Artur Mamede com informações do Flesh Grinder



quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Lacerater of Flesh - metal extremo na Zona da Morte

O trio amazonense de death metal Lacerater of Flesh é mais uma banda de formação recente a trilhar o caminho aberto após o isolamento causado pela COVID-19. 


Composta por Profanvs Balan (bateria/vocal), Fábio Guelber (baixo) e Felipe Santos (guitarra), a Lacerater of Flesh tem sua estreia em 07 de setembro no Zona da Morte, evento independente que acontece na zona Leste de Manaus.

O evento é um retrato desses novos tempos, com uma renovação no cenário da música extrema (incluindo novos eventos e produtoras). Além da Lacerater of Flesh, a Burying Existence, também formada por músicos experientes, fará sua estreia. O cast do evento se completa com a Necrovisceral (fundada em 2022) e as veteranas Escafism e Hipnose Death.


Cartaz do Zona da Morte 

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Evolução sem conflitos 


Apesar de sua formação recente (2024), a Lacerater of Flesh é composta por músicos experientes, o que já deixa as expectativas em um bom patamar. O Riffmakers buscou mais informações sobre a banda e como a mesma se vê nesse novo cenário da música extrema. Confira.

Riffmakers: Essa é a estreia nos palcos. O que vocês têm no repertório? Composições próprias?

Profanvs Balan: Temos uma intro e cinco pútridas musicas em nosso repertório atual. Todas composições autorais.

Riffmakers: Como funciona o fazer música pra LOF, é fácil reunir para compor/ensaiar?

Profanvs: A LOF tem na sua formação integrantes que já tocaram juntos, então fica muito fácil se reunir e compor. Todos escrevem, a parte criativa vem de todos.



Riffmakers: O período pós-pandemia trouxe uma renovação ao ambiente da música extrema. Novas bandas, novas produtoras de eventos. Como vocês se situam nesse cenário?

Profanvs: Isso é o sinal da evolução da cena. Depois de um tempo de conflitos, os interesses voltaram com uma sede maldita. Surgiram bandas nesses últimos anos que mostram esse novo lado caótico. O apoio se tornou maior levando ao público a oportunidade de conhecer esse caos. 

O metal extremo está em peso e seus apreciadores estão sedentos por essa destruição. E nós faremos parte disso.


Zona da Morte


O que: Zona da Morte, com Lacerater of Flesh, Burying Existence, Necrovisceral, Escafism e Hipnose Death 

Quando: 07 de setembro (sábado) a partir das 20h

Onde: Garagem Inc (rua Dr. Hélbio, 18 - Zumbi II)

Quanto: Acesso livre

Conheça mais sobre a Lacerater of Flesh no Instagram @lacerater_of_flesh

*por Artur Mamede 


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quinta-feira, 15 de agosto de 2024

Funeratus divulga single e capa de novo EP

O veterano trio death metal Funeratus lançou na quarta-feira (14) o clipe/single de "536", faixa retirada do EP "Age of Darkness", a ser lançado no próximo mês de setembro.


A letra de "536" retrata o chamado pior ano para se estar na Terra. No ano em questão, um vulcão na Islândia despejou na atmosfera uma imensa nuvem de cinzas que escureceu por 18 meses os céus da Europa, Oriente Médio e parte da Ásia.

Aqui está o clipe de "536". Acesse e ouça ALTO!

"A escuridão desceu sobre a Terra/ Trazendo a era das trevas/ O pior ano para se viver na Terra/ Inverno sem chuva/ Primavera sem flores/ Verão sem calor/ O mundo inteiro sofrendo/ Fumaça e poeira no ar/ Sufocando a humanidade" diz um trecho (traduzido) da letra, que lembra muito o que acontece no Amazonas durante a temporada de queimadas.

Leia também: Demön Haunt lança "Murmurs of Demons - Live Darkside Studio"

A escuridão desceu sobre a Terra

A descrição do desastre climático do ano de 536 ganha uma ambientação apocalíptica com a levada pesada, quase doom, imposta por Fernando - baixo/vocal, André Nálio - guitarra e Bruno Pereira - bateria.

O clipe é simples, mostrando o Funeratus em ação com algumas inserções de imagens de erupções vulcânicas. O tom vermelho fogo e esmaecido impacta positivamente na ideia de passar o terror por meio do audiovisual.





"536" foi dirigido por Gustavo B. Souza e produzido por Murilo Quilici. A obra audiovisual foi idealizada com recursos da Lei Paulo Gustavo de incentivo à cultura (Lei Complementar 195/2022), no município de Mococa-SP. Brasil, 2024.

Age of Darkness 


O EP "Age of Darkness" tem setembro como mês de lançamento e além do clipe oficial de "536" teve também a arte de capa divulgada. 






Assinada por Alcides Burn, a capa tem todos os elementos brutais que compõem uma obra voltada ao extremo death metal e ao som cometido pelo Funeratus. Lembrando que Burn também assinou o design de "Accept The Death", álbum do Funeratus lançado em 2018.

*por Artur Mamede 


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sábado, 13 de julho de 2024

Mortifer Rage lança "Plagues Requiem" e lyric video


"Plagues Requiem", quinto álbum da Mortifer Rage, foi lançado na sexta-feira (12) nas plataformas de streaming e a estratégia de promoção ainda disponibilizou o macabro lyric video de "Awareness", obra audiovisual de Tiago Vargas sobre a capa de Alcides Burn.


Como prévia para o álbum, a Mortifer Reage lançou em outubro do ano passado o single "The Empty Soul", o que deixou em suspenso a curiosidade de seguidores antigos e atraiu novos. E agora já é possível a audição das 11 faixas de "Plagues Requiem" (ouça AQUI).


Capa de "Plagues Requiem" por Alcides Burn 


O álbum, gravado no estúdio Maçonaria do Áudio (em Nova Lima-MG) e produzido por André Damien (Paradise in Flames), sai pela Demoncratic Records e Misanthropic Rec. 

Leia também: Overdose lança o single "João Sem Terra"

Álbum e lyric vídeo 

Carlos Pira (vocal e baixo), Robert Aender (guitarra), R. Amon (guitarra e backing vocals) e Angelo Pettersson (bateria), o atual front line da Mortifer Rage, executa em "Plagues Requiem" um brutal e técnico (mas muito orgânico) death metal que impacta desde a primeira faixa.

A referida primeira faixa é a instrumental "Walls of Insanity" e sua estrutura barroca (é Minas!) de cordas. Acrescida de orquestrações, a relativa paz é contrabalanceada com risadas histéricas e gritos de desepero. Uma bela introdução.

A partir daí seguem 10 faixas brutais e criativas que não abrem mão de variar nos andamentos e cadências e modulações vocais, colocando "Plague Requiem" entre os grandes álbuns do death metal brasileiro.



"Plague Requiem", desde sua capa, segue uma linha narrativa que o coloca na estante dos álbuns conceituais (sem ser chato). 

Já adiantado pela faixa de abertura, o álbum é uma crônica sobre os abusos sofridos por pacientes portadores de transtornos mentais (ou nenhum) encarcerados em instituições manicomiais, sob a convivência do Estado e do clero. 

No caso do álbum, a crítica tem endereço e CNPJ, o Hospital Colônia de Barbacena (MG), um campo de concentração e morte que acumula desde seu fechamento nos anos de 1980, denúncias de venda de cadáveres, abandono e cárcere de marginalizados (sem histórico de doença mental), torturas e lobotomização. O caso hoje é conhecido como Holocausto Brasileiro, gerando documentários e livros.

O lyric vídeo de "Awareness", com direção de Tiago Vargas, mostra como seria o despertar popular contra o vil proselitismo político e religioso. O conhecimento (awareness) colocando a bandeira negra da revolta no alto das "bastilhas". Uma grande obra audiovisual para uma grande música.

 

Aqui está o lyric vídeo de "Awareness". Acesse e ouça ALTO!

Track list 

1. Walls of Insanity (Instrumental)

2. Dying Reason 

3. Lost Fear 

4. The Holocaust Of Madness 

5. Hidden Poison

6. Order From Chaos

7. Obscure Chains

8. Touch of Blood

9. Awareness 

10. Self-war

11. The Empty Soul

*por Artur Mamede 


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domingo, 30 de junho de 2024

Overthrust - "Infected by Myth" é o novo álbum



Overthrust é um quarteto de death metal da velha tradição vindo de Ghanzi, a capital do Kalahari, em Botswana (sul do continente africano). A notícia de que há death metal sendo feito em tal local pode causar espanto, mas "Infected by Myth", já é o quinto álbum da banda.


Lançado neste domingo (30) no Bandcamp, o álbum logo estará nos outros streamings. O death metal praticado pelo Overthrust lembra bastante o feito no Brasil, que nos anos de 1980 aprendeu a fazer do seu jeito e sotaque.

Outro ponto que une a banda ao Brasil é a forte crítica aos falsos pregadores que exploram a população mais pobre. Ouça,"Infected by Myth" clicando AQUI).







Religião e crimes contra o povo


De uma crueza e rispidez mortal, "Infected by Myth" impressiona pela limpidez na produção que deixa tudo audível sem perder a sujeira característica do death metal old school.

Produzido pela gravadora Indian River Music Company, "Infected by Myth" foi gravado em setembro de 2023 no Milestone Studios na Cidade do Cabo, África do Sul por Howard Merlin e Jethro Harris.

A dupla também é responsável pela mixagem do álbum que ocorreu no Farmadelica Sound, na Flórida, EUA. "Infected by Myth" foi masterizado por Paul Hird, proprietário da Party Bus Music / Golden Hill Studio / Fullerton CA Califórnia, também nos EUA.

As oito faixas de "Infected by Myth" foram escritas, vocais e baixo por Tshomarelo Mosaka, a.k.a. Vulture Thrust, baixista/vocalista da Overthrust. A banda se completa com Balatedi Bist Folai (bateria), Tshepho Van Lee Kaisara (guitarra base) e Shalton Monnawadikgang Ri Ka Tá (guitarra solo e melodias).






Jason Banning, produtor executivo, fez alguns backing vocals na faixa "Slaves of Myth". A arte da capa, assinada por Ed Repka, tem como referência a capa de "Spiritual Healing" do Death. A inspiração não é escondida pela Overthrust. "Dir-se-ia que esta é a versão africana de 'Spiritual Healing'", disse a banda nas redes sociais.

Do que fala "Infected by Myth"


Como falado acima, "Infected by Myth" é carregado de fortes críticas às religiões, principalmente às que pregam a exploração da fé e dos bens dos mais pobres. A própria banda se posicionou sobre o assunto em suas redes sociais.

"O álbum 'Infected by Myth' foi produzido como resultado do que estava acontecendo na África. Nos últimos 10 anos houve um enorme aumento de organizações religiosas modernas e a maioria delas não fazia nada de bom. Surgiram casos de enganos, eles fizeram lavagem cerebral em seus seguidores e fraudaram seu dinheiro e bens arduamente ganhos, obtidos por meio de falsos pretextos, fazendo as pessoas acreditarem que faziam milagres e traziam vidas boas às pessoas, que poderiam aumentar seu dinheiro por meio de milagres e torná-los ricos, que curariam os doentes. Mas ainda assim, não havia nenhuma mudança na vida das pessoas e ainda assim as pessoas ainda acreditavam nelas. Isto também fez com que a maioria das pessoas se voltasse contra as suas culturas e práticas culturais, rotulando-as de más", escancarou a Overthrust sobre algo que também é muito comum no Brasil.

Os títulos das faixas também trazem semelhanças com o cenário sociopolítico brasileiro. Como ler "Infected", "Slaves Of Myth" e "Silence Voice of Holy" e não lembrar do Brasil.

Track list 


1. Fallen Witches
2. Infected
3. Slaves of Myth 
4. Foetus Initiation
5. Demon Grave
6. Overthrust Deathmental
7. Poltergeist of Torment
8. Silence Voice of Holy

Overthrust 


Nascida em Ghanzi (Botswana) em 2008, a Overthrust é uma das mais atuantes do seu país, promovendo várias gigs e tours pelo se país e territórios vizinhos. 

A discografia da Overthrust, além de "Infected by Myth" se completa com "Freedom in the Dark" (2022), "Demon's Grave" (2021), "Suicide Torment" (2019) e "Dececrated Deeds to Decease" (2014). Sigam o Overthrust!

*por Artur Mamede 


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