segunda-feira, 3 de junho de 2024

"ANNO DOMINI 1989-1985" - Tony Martin reconhecido


No último dia 31 de maio as versões remasterizadas de quatro álbuns da fase TONY MARTIN no Black Sabbath foram disponibilizadas nas plataformas de música. O conjunto dos quatro álbuns pode ser encontrado sob o título “ANNO DOMINI 1989-1995” que além dos discos, inclui alguns mimos pra capturar a alma e o bolso dos fãs. E o que dizer sobre isso? 


Vamos lá! Pra começar vou logo adiantando ser fã absoluto do BLACK SABBATH, e embora prefira sem dúvidas a fase DIO, o período em que o vocalista Tony Martin esteve na banda (1987-1991 e 1993-1997) tem um gigantesco mérito, principalmente por ter sido em sua época que as músicas de praticamente todas as fases foram incluídas nos shows (Dio só cantava os clássicos da fase Ozzy enquanto Ozzy só cantava as de sua própria época). Outro apreço que tenho por Tony Martin é por ter sido com ele que comecei minha coleção do Sabbath. 

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O primeiro disco que comprei foi “Eternal Idol” (1987), estreia de Martin em meio uma época conturbada para a banda. Infelizmente, essa álbum não está nos lançamentos remasterizados já que ele é parte do catálogo de outra gravadora (o que geraria questões jurídicas pra poder agir) porém há uma versão remasterizada dessa obra lançada em 2009 e disponível nas plataformas. 

Mas vamos aos fatos: Desde 2023 TONY IOMMI, o mestre supremo dos riffs pesados e sombrios já acenava para o lançamento de novas versões de alguns álbuns, o que também era relatado pelo vocalista Tony Martin em algumas entrevistas. 


Martin e Iommi em foto recente (Reprodução)


Em março um single com a faixa “Anno Mundi” já nos encantava com o que estava por vir. Mas pera… deixa eu ajudar os leigos: REMASTERIZAR é dar um ajuste (ou mesmo melhorar) uma música. Pode ser desde atualiza-la da versão analógica para a digital ou incluir efeitos, ajustar timbres, remodelar o vocal, enfim… dar uma nova roupagem (por vezes dar a ela a versão q deveria ter sido apresentada, mas que por limitação tecnológica é/ou financeira não foi possível). 

Em ordem cronológica temos: HEADLESS CROSS (1989), responsável por retrazer o Sabbath aos temas sombrios e fazer os riffs de Tony Iommi invadirem novamente nossos pesadelos; 


Headless Cross (1989)


TYR (1990), que dá sequência ao sucesso do álbum anterior e conta com uma formação coesa tanto pro álbum como pros shows: Cozy Powell na bateria q já vinha do disco anterior e o mestre Neil Murray no baixo (curiosidade é que ambos já haviam trabalhados juntos com o Whitesnake). Estes são as melhores versões até por já serem originalmente ótimos álbuns e que re-alavancaram a carreira do Sabbath. 


TYR (1990)


Entre 1992-1993 Dio retorna ao Sabbath, lança um excelente álbum, mas não dá andamento devido divergências internas. 

 Em 1994 é lançado CROSS PURPOSES, com Tony Martin de volta e que ainda bebe da fonte de seus álbuns anteriores, mas sem a mesma magia e brilho (o próprio Sabbath andava meio apagado na época). 


Coss Purposes (1994)


FORBIDDEN é lançado em 1995 sendo o mais “fraco” dos álbuns dessa fase. As aspas se justificam por não ser um álbum ruim, mas quando se vê o nome BLACK SABBATH na capa, se espera algo melhor. Pela época, alguns flertes com outras vertentes musicais são evidentes, muito por conta da produção assinada por Ernie C, guitarrista do Body Count (o que rendeu participação do vocalista Ice T numa das faixas). No caso de “FORBIDDEN”, o próprio Tony Iommi fez algumas remixagens nas faixas. 


Forbidden (1995)


A remasterização das obras ressalta ainda mais o que já era bom e trás de volta o brilho e poder de uma das mais poderosas bandas de todos os tempos. A guitarra de Iommi ecoa ainda mais poderosa em todas as faixas, com destaque pra “Headless Cross”, “Valhalla”, “The Hand that Rocks The Cradle” e “Whem Death Calls”. 

Tony Martin tem sua voz mais potente e evidencia tratar-se de um vocalista que mereceu o cargo, mesmo sendo alvo das inevitáveis e injustas comparações (principalmente a Dio). O pacote permite que se possa contemplar trabalhos que não tiveram o merecido destaque à época. 

Vale a pena ouvir e viajar.

*Marcelo Dores, especial para o Riffmakers 



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