segunda-feira, 5 de agosto de 2024

Dorsal Atlântica - "Armagedon" regravada na guitarra baiana


O multimídia Carlos Lopes, fundador da eterna entidade da MPB (Música Pesada Brasileira) Dorsal Atlântica, resgatou "Armagedon" faixa registrada no lado Dorsal de "Ultimatum", o mítico split com o Metalmorphose de 1985.


A nova "Armagedon" tem como novidade sua releitura executada na Matadeira, a guitarra baiana pilotada por Carlos Lopes já há alguns anos. A agressividade original da faixa ganhou um plus na estridência e velocidade pelas mãos hábeis do músico.

Outro ponto de destaque são os recursos que Lopes usou para a captação de "Armagedon". Mais uma vez o músico lançou mão de um smartphone para registrar e editar áudio e vídeo.

Confira "Armagedon" clicando AQUI.

E como nada é despropositado no fazer Dorsal Atlântica, a faixa teve seu lançamento coincidindo com o primeiro ano da partida de Cláudio Lopes, irmão de Carlos e baixista/fundador da Dorsal.


Cláudio Lopes (31/03/1964 - 05/08/2023)


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O mais orgânico possível 


A gênese para a nova "Armagedon" veio de uma outra regravação da faixa, desta vez pela banda paulista de death metal Açoite. O bom contador de histórias Carlos Lopes contou tudo nas redes sociais 

"Gravei este vídeo assim que a banda Açoite me enviou a regravação de Armagedon para o seu novo álbum. Para o Açoite eu testei as posições de captação do celular e o volume do amplificador, mas nesta versão de hoje coloquei a questão técnica de lado e registrei na emoção. O mais orgânico possível.


Açoite, banda paulista de death metal 


Quando o Açoite me pediu uma participação na faixa, não recusei. Em primeiro lugar porque eles estão em todos os shows da Dorsal em São Paulo e segundo porque esta é uma faixa que me lembra diretamente o meu irmão e o início de nossa carreira. 

Gravei todos os solos de guitarra para o Açoite com este mesmo celular, e o resultado ficou muito bom.

E por fim, exatamente há um ano, o meu irmão Cláudio Lopes, co-fundador da Dorsal, faleceu neste mesmo mês em que nasci", contou Lopes.


Homenagem a Elon Musk


Imparável, pois a alma descansada não brilha jamais, Lopes cometeu horas antes da saída da nova "Armagedon", o disparo do lyric video "Elon". Uma criação conjunta com o artista visual -brasileiro radicado em Portugal, Sama.

"Elon", composta e executada no violão (sobre conceito e letra de Sama), tem uma levada rock inglês (inclusive em sua mordacidade), muito bem embalada pela calma voz de Lopes que mais uma vez explicou o ato.






Aqui está "Elon", acesse e ouça ALTO!

"Após compor e gravar o Pandemia da Dorsal Atlântica em 2020, a inspiração para compor se exauriu. 

No mesmo período que o mundo adoeceu. Lição para alguns, nada de diferente para a maioria. Natural porque muitos já estavam mortos. 

Comecei a trabalhar com ilustração para cinema e documentários há alguns anos no reforço da equipe do documentarista Silvio Tendler e através dele conheci o brasileiro Sama, que há tempos reside em Portugal, também terra de meus ancestrais paternos. Sama, ex-vizinho – também morou no bairro que ele chama de 'Lebronx' no Rio de Janeiro, onde nasci e cresci no mesmo prédio por 55 anos antes de me mudar para Brasília.  



Sama, o artista visual e compositor de "Elon"



Há alguns meses, Sama colocou uma pilha: 'Você pode musicar uma letra sobre Elon Musk?'

Nem cheguei a responder, a música surgiu do nada (será?) em poucos minutos, melodia e harmonia. Gravei ao vivo com o celular. Nesse instante, soube que a inspiração havia voltado após 4 anos e refiz duas conexões: com a ancestralidade e a musicalidade.

Some-se a tudo isso, os 'causos' do inconsciente: Sama reside no Porto, próximo à igreja de Nossa Senhora da Lapa, onde repousa o coração de D. Pedro I, mesma cidade onde reside Raquel Pinheiro, que conheci quando a Dorsal Atlântica foi tocar em Portugal em 1996 e que também me pediu outra colaboração musical. E para referendar que nada é por acaso, o meu único irmão faleceu há um ano exatamente nesta semana.

Elon (o conceito, não a pessoa) abriu a porta do inconsciente. Eu não compunha, nem pensava nisso, mas aconteceu. E está acontecendo", explicou o músico.

*por Artur Mamede 



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