Facada, expoente cearense/brasileiro do grind e da música extrema, se recupera de uma participação esmagadora no Kool Metal Festival, na capital paulista, e já não vê tempo para descanso. A banda desembarca em Manaus no próximo dia 29 de junho dividindo o palco com bandas de estilos distintos, porém unidos no fazer independente.
Formada há pouco mais de 20 anos, o Facada (James - baixo/voz, Danyel - guitarra e Vicente - bateria) acumula milhas nas gigs independentes, passando a mensagem pela música veloz e barulhenta.
Ouça AQUI "Nenhum Puto de Atitude" do Facada.
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Riffmakers entrevista James
O Facada retorna a Manaus 10 anos após sua última passagem por terras amazonenses. A banda toca em um festival da Distro dos Infernos, com os conterrâneos da Plastique Noir, mais as amazonenses SxDxM, Hellconfesso, Soviet At, a dupla interestadual (AM/RR) Lost Lenore e a paraense Murrada, num combo de grindcore, post-punk, darkwave e crossover/thrash.
O Riffmakers conversou com James sobre o retorno a Manaus, a diversificação dos casts nos festivais independentes e a participação no mais recente Kool Metal Festival.
Riffmakers: Sobre essa chegada a Manaus depois de tanto tempo (10 anos) e com o Plastique Noir no rolê. O que isso representa para a banda?
James: Realmente já faz um bom tempo que não vamos a Manaus e sempre foi demais tocar aí, muita gente curte. E ainda mais agora com o Plastique que são nossos irmãos daqui de Fortaleza, as expectativas são as melhores.
Riffmakers: O evento tem estilos distintos na escalação, como vocês veem isso?
James: Não vejo problema nenhum em misturar estilos. Fora um ou outro (festival) que tem um nicho mais específico ou mais radical, nos dias de hoje não há porque ter essa segmentação, a informação está mais ampliada e mesmo que as pessoas não gostem ou não conheçam determinado estilo, podem aproveitar pra ver uma banda diferente daquilo que já conhecem e talvez até gostar, procurar pelo que ela representa e conhecer as ideias por trás das letras. Isso só acrescenta no contexto geral.
Riffmakers: Ainda sobre rolês, vocês estiveram no último Kool Metal, festival que muita gente viu como midstream, que juntou Facada, Cemitério, Velho e Vulcano com pesos pesados do porte do Possessed e Venom Inc. Esse é o caminho natural de alguns festivais (bandas underground/bandas consagradas)? Isso ajuda a ampliar o público e o alcance da ideia da banda?
James: Acho que os festivais vão mudando de acordo com o tempo e as pessoas que vão, alguns se transformam, abrangem mais seu público (até mesmo pela idade), enquanto outros tendem a permanecer focados em artistas do mesmo estilo.
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| Facada no K.M.F (Foto: Fernando Yokota) |
Dependendo da organização, escolha do cast e de como são montados, cada festival consegue se manter bem e ter muita gente que comparece. O KMF tem mais de 20 anos e acho que ele se consolidou tendo bastante público no meio do underground com bandas de vários estilos...thrash, death, grind, hardcore e realmente é um ponto fora da curva.
A cada edição surgem com coisas novas e bandas que as pessoas querem ver e sempre junto com outras que já tocaram em outras edições. Nesse último que tocamos, tinham umas três mil pessoas, se não me engano, e muita gente não nos conhecia, veio comprar material e outras que já conheciam a banda, mas nao tinham visto o show. Pra nós, isso já é o suficiente.
O evento
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