sexta-feira, 4 de julho de 2025

Karne Krua - "Vermelho Sangue" tinge os 40 anos da banda


Mais uma tijolada na rica discografia do Karne Krua, "Vermelho Sangue" mostra que os sergipanos ainda têm lenha para queimar. Mesmo com quatro décadas de hardcore, o álbum e a banda soam raivosos e combativos como nos primeiros anos.


"Vermelho Sangue" tem 18 faixas muito bem estruturadas, construídas e executadas, fazendo do hardcore praticado pela banda um dos mais criativos do estilo no Brasil.

E isso é extremamente bem aproveitado, já que emolduram e se amalgamam à lírica subversiva e poética de Sílvio Campos que personaliza tudo o que escreve e verbaliza, mesmo no cover de "Livre de Fronteiras" dos conterrâneos noisy do Olho Por Olho.

Aqui está "Vermelho Sangue". Acesse e ouça ALTO!


 Capa de "Vermelho Sangue"


O álbum


A atual formação do Karne Krua (Ivo Delmondes - baixo, David Dória - guitarra, Afonso Ramalho - bateria e Sílvio Passos - vocais, mais Amarílio Camargo nas faixas 10 a 18) cometeu em "Vermelho Sangue" uma das melhores obras do hardcore nacional.

Leia também: Terror Nuclear - "The Cold of Guillotine" é o ultimo chamado para o primeiro álbum

O álbum teve  os sons captados por João Mário e masterização/mixagem de Alex Prado e o resultado é a raiva primitiva do Karne Krua soando contemporânea e revigorada.

Dureza separar algumas faixas para destaque num álbum todo bom.  "Vermelho Sangue" tem a crueza de trabalhos antigos que levam o ouvinte à 1994, época de "Labor Operário", tem os títulos usados como refrões minimalistas (e não há nada errado nisso), tem as narrações épico/dramáticas de Sílvio e a execução criativa e poderosa de uma banda entrosada, que imprimiu aqui um grande panfleto da música de combate.

Sei que vai contra o espírito libertário da Karne Krua, mas... a banda é sim um ícone em seu campo de atuação e não dá para não dizer isso. A gente precisa ouvir mais Karne Krua!


Track list


1. Vermelho Sangue

2. Torturador

3. Trevas

4. Nova Ordem Fascista

5. Te encontrarei no inferno

6. Meu eu

7. Guerrear, guerrear

8. Falso plástico

9. Procissão dos desesperados

10. Ódio pelo ódio

11. Guerra todo dia

12. Sociedade do medo

13. Mundo pandêmico

14. Deus Motor

15. Fora Nazi

16. Livre de Fronteiras (da Olho por Olho)

17. Renascer Violento

18. Refugir


"Vermelho Sangue" atualmente se encontrs apenas no Bandcamp (ouçam, comprem, presenteiem, compartilhem), mas logo estará nas outras plataformas e as pré-vendas para o LP vinil já iniciaram em freedomdiscos.com.br.


*por Artur Mamede


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quinta-feira, 3 de julho de 2025

Terror Nuclear - "The Cold of Guillotine" é o ultimo chamado para o primeiro álbum


Com a saída do single "The Cold of Guillotine" na última semana de junho, a Terror Nuclear dá mais um passo em direção a "Chernofobya", o álbum de estreia do toxic power trio amazonense de thrash metal.

Assim como nos dois singles anteriores ("Chernofobya" e "Pyromaniac", de outubro de 2024) e nas outras cinco faixas do álbum, "The Cold of Guillotine" tem produção de Ana P Mady, da Fubica Records, responsável pelo registro de estreia da Terror Nuclear, de 2017.


Capa de "The Cold of Guillotine"


Ryan Castro (baixo/vocal), Lucas Carvalho (guitarra) e Luan Carvalho (bateria), imprimem uma pegada oitentista ao trabalho em música e letra, que narra os possíveis pensamentos do revolucionário francês Robespierre (1758-1794) pouco antes da descida da lâmina. 

Aqui está "The Cold of Guillotine". Acesse e ouça ALTO!


Chernofobya


Trabalhado durante todo o amo de 2024, "Cherofobya" terá oito faixas (quatro em inglês e quatro em português) e de acordo com Ryan Castro o que se pode esperar é thrash metal old school, sem firulas, com uma pegada tóxica no pique do Toxic Holocaust, rápido, com riffs velozes e até algumas músicas mais cadenciadas para bater cabeça com um peso diferente. 


Capa de "Chernofobya" por Emerson Maia


"Chernofobya" também lança mão da arte gráfica para uma maior aproximação com a década de ouro do thrash metal. A capa do álbum é assinada por Emerson Maia e transmite claustrofobia causada pelo isolamento em um bunker (Nota do Editor: Maia já trabalhou com as amazonenses Caos Devasta, Candiru e Escafism, além das nacionais Visceral Slaughter, Podridão e Thrashera).

Leia também: Morbid Whisper retorna com novo EP e lyric video

Enquanto o álbum não é disponibilizado na íntegra ouça os singles já lançados (no Bandcamp), o EP de 2017 e os vídeos ao vivo da Terror Nuclear, estes últimos fácilmente encontrados no YT.

*por Artur Mamede


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quarta-feira, 2 de julho de 2025

Morbid Whisper retorna com novo EP e lyric video


Em 2025 a piauiense Morbid Whisper volta com toda a fúria ao cenário do death metal BR. Não que estivessem parados, mas o atual momento é de bastante trabalho para a banda que teve sua primeira formação há quase 30 anos.


No início de maio, os death metallers do Delta do Parnaíba haviam lançado o EP "Echoes of Mind", um arregaço de três vigorosas faixas impregnadas de death metal da velha escola.

Aqui está "Echoes of Mind". Acesse e ouça ALTO!

E a banda reforça o combo da morte com a chegada, no primeiro dia de julho, do lyric video de "Beloved Relief" faixa retirada do referido EP e que ficou mais sombria com a interpretação audiovisual dada pelo Motim Underground (veja o clipe clicando AQUI)


Capa de "Echoes of Mind" por Ink Creations

O retorno


A Morbid Whisper, formada originalmente em Brasília no ano de 1996, é uma banda marcada por sua resistência. Desde sua fundação as mudanças acontecem, sejam geográficas ou na sua linha de frente. Mas sempre carregando a tocha do metal da morte.

"Echoes of Mind" vem substituindo "Habemus Mortem", de 2021, um álbum pós-pandêmico, um período que gerou ódio e também muita reflexão.

E o atual EP explora os sentimentos sombrios que episódios assim imprimem na alma, o que foi muito bem traduzido no lyric video.


Frame de "Beloved Relief" por Motim Underground

As três faixas de "Echoes of Mind" são tão brutais quanto contemporâneas,  técnicas e inspiradas. O que a Morbid Whisper (Fábio Nasc - baterista/fundador, Fábio Meneses - vocais, Leandro Magu - baixo, Lucas Linhares e Murilo War - guitarras) encaspsulou nos pouco mais de 13 minutos de duração do EP mostram a maturidade de uma banda que precisa ser mais conhecida e reconhecida. 


Track list

1. All Wish You Is Pain

2. Beloved Relief

3. Too Late Now


*por Artur Mamede


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Headhunter D.C. anuncia mudanças na formação


Nome de peso do death metal nacional, o Headhunter D.C. anunciou na terça-feira (1) mudanças na formação. O desfalque no front line acontece em um momento delicado, quando os death metallers baianos finalizam um álbum e prepararam uma gig europeia.


Em um comunicado oficial no Instagram da banda, a notícia é de que Daniel Brandão e Tony Assis, baterista e guitarrista, respectivamente, deixaram o HHD.C.

Recentemente a Headhunter D.C. já havia passado por uma mudança de formação. No início de junho o baixista Leonardo Reis deixou o posto, sendo substituído por Héracles Cardoso que segue acompanhado por Danilo Coimbra (guitarra) e o vocalista fundador Sérgio Baloff.

"Esperamos poder muito em breve anunciar o novo lineup da banda, também na esperança de resolvermos a tempo a situação de manter nossa permanência no cast do festival europeu, assim como darmos continuidade às atividades com o próximo trabalho de estúdio", diz um trecho do comunicado onde a banda também expressa sua gratidão e respeito à decisão dos ex-integrantes (veja aqui).


Novo álbum e gig europeia


O Headhunter D.C. está em estúdio desde novembro de 2024, preparando "Rise of tbe Damned - In Death Metal We Trust" o sucessor de "... In Unholy Mourning ..." lançado no longínquo ano de 2012.

Leia também: Cranium Crushing - "Sacrifice of Shadows" ergue alto a bandeira do death metal

Agora a banda, que tocou recentemente com o Nervochaos na tour brasileira do Immolation, corre para finalizar o novo álbum e se reagrupar com novos integrantes para a gig na quinta edição do Prague Death Mass Festival, no primeiro dia de novembro, na capital da República Checa, ao lado de Blasphemy, Varathron e outros arregaços.


Cartaz oficial do Prague Death Mass V


O Riffmakers torce para que os problemas sejam sanados e que o Headhunter D.C. volte com força total. Como os próprios dizem "Só os fortes sobrevivem! Nós cavalgamos nas asas da resistência. A ascensão dos amaldiçoados está apenas começando".

*por Artur Mamede

Foto da capa: Ísis Barros


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Karne Krua - "Vermelho Sangue" tinge os 40 anos da banda

Mais uma tijolada na rica discografia do Karne Krua, "Vermelho Sangue" mostra que os sergipanos ainda têm lenha para queimar. Mesm...