sexta-feira, 30 de maio de 2025

Mortuário A.D - resgata death/black BR dos 80


Mortuário A.D, a one-man-band encarnada em Victor "Skullcrusher" Viana, exumou recentemente mais um EP (o quinto da infame carreira). "Bloodshed" tem seis cruas e brutais faixas que exalam o odor nauseabundo dos berçários do metal extremo brasileiro da década de 1980.


As seis faixas de "Bloodshed" (uma cantada em português) são retratos sonoros de filmes de terror e suas macabras e mórbidas temáticas gore e apocalípticas.

Aqui está "Bloodshed". Acesse e ouça ALTO!

Capa de "Bloodshed" por Victor Skullcrusher


"Bloodshed" está disponível no Bandcamp, YouTube, Spotify, Amazon Music e Apple Music.

Leia também: Heed the Call - single "Rebellion" pavimenta caminho para o álbum de estreia


Música extrema, autonomia e independência


Gravado de forma caseira, "Bloodshed", os EPs anteriores e todos os outros cinco projetos musicais de Victor Skullcrusher, carregam ainda a busca do músico, que é pessoa com TEA (Transtorno do Espectro Autista), por autonomia. Sobre esse e outros assuntos o Riffmakers trocou uma conversa rápida com o músico.

Riffmakers: Esse já é o sexto lançamento do Mortuário A.D e o terceiro , só nesse ano. Como se deu o processo de criação deste e dos outros trabalhos?

Victor Skullcrusher: "Bloodshed" levou dois meses para ser feito e as letras falam sobre filmes de terror, morte e armagedom enquanto o instrumental tem influências do Sepultura na fase "Morbid Visions" e outras bandas dessa época como Sarcófago, Vulcano e Mutilator.

Quanto ao processo de criar, produzir e lançar, é tudo feito em casa. Faço a guitarra e a voz de maneira orgânica, só a bateria que é programada e como eu não tenho baixo em casa, eu costumo duplicar a faixa da guitarra e colocar um efeito de baixo.

Riffmakers: Teus projetos têm um alcance razoável nas plataformas digitais de distribuição, mas como é se divulgar ao vivo?

V. Skullcrusher: Tenho 25 anos incompletos, comecei a me apresentar ao vivo já tem um ano, inclusive abri um show do Cemitério ontem (29/05), aqui em Fortaleza, com a Scatophagia . a Viollen, que são locais.




Como sempre me considerei melhor no gutural do que na guitarra, eu costumo separar os instrumentais pra tocar de fundo enquanto eu canto ao vivo.


Victor Skullcrusher e Hugo Golon (Cemitério)

Riffmakers: Sendo uma pessoa com TEA, no que teus projetos e apresentações ao vivo te ajudam?

V. Skullcrusher: Acho que meus projetos me ajudam a desenvolver minha autonomia, me ajudam a ser mais independente (que são dificuldades comuns na vida de quem tem autismo) e também me ajudam a perder a timidez e estimular a criatividade.

Riffmakers: Ainda sobre projetos, além da Mortuário A.D, tu tem outros. Fala um pouco sobre.

V. Skullcrusher: Meus outros projetos são o Disfagia, de grindcore (já resenhado no Riffmakers. Relembre AQUI); Necrovomit 666, de black/death metal; Destruidor, de black/speed thhrash; Achalasia, de noisegrind e Wardog, de D-Beat.

Mas os principais são o Mortuário AD, Necrovomit 666 e Disfagia. E todos estão nas plataformas digitais. Ouçam.


Track list de "Bloodshed"


1. Bloodshed

2. My Bloody Valentine

3. Black Christmas

4. Total Death

5. Day of the Dead

6. Caos Total


*por Artur Mamede


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