Lançado no último dia 6 como single e clipe, "Ignite" é a chama que anuncia a chegada do álbum de retorno do Rebaelliun. A faixa também crava sua marca no death metal nacional por ser o primeiro registro oficial de Bruno Añaña como baixista e vocalista do trio gaúcho.
"Ignite" é carregada de fúria, peso, velocidade, agressividade e técnica e à essa mão de cartas, já suficiente para um bom jogo, acrescentaram os ases da experiência de dois anos de gigs no Brasil e Europa, que afiaram ainda mais a formação.
Gravada no início de 2025, após as tours de divulgação de "Under the Sign of Rebaelliun" (2023), "Ignite" tem mais de quatro minutos de um bem trampado death metal, com poucas pausas para respirar, fazemdo da audição uma experiência opressora aos não chegados, mas que ainda assim não deixo de recomendar.
Aquo está o clipe de "Ignite". Acesse e ouça ALTO.
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Capa do single "Ignite" |
Ignite
O clipe de "Ignite" é relativamente simples em sua concepção, com a banda executando a faixa em um galpão. Da concepção à prática há o salto que enriquece o audiovisual. Alternando planos abertos e closes, a boa iluminação e enquadramentos fora dos manuais, marcam positivamente a direção, montagem e fotografia de Alessandro Alves.
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Frame de "Ignite". Direção de Alessandro Alves |
O single/vídeo de retorno do Rebaelliun às composições registra o entrosamento do trio. Sandro Moreira, baterista da formação original (1998) mantém a chama do death metal da velha escola muito bem apoiado por Evandro Passos (guitarra) e Bruno Añaña (baixo e vocais), que ingressaram na banda após as trágicas partidas de Fabiano Penna (g) e Lohy Fabiano (b/v) em 2018 e 2022, respectivamente.
Añaña tumbém assina a letra (um dos pontos fortes do Rebaelliun desde sempre) com Sandro Moreira. Além de ser responsável pela gravação e mixagem de "Ignite".
Liricamente "Ignite" é uma bandeira da rebelião criticando verdades tidas como absolutas e o fanatismo que cresce sem questionamentos. A subjetividade pode levar a interpretação da letra à política, religião e até a dogmas que circulam no metal.
Tais críticas já levaram a Rebaelliun a ser atacada antes, mas não vejo sinais de que a banda vai pedir arrego. A Rebaelliun está aí para acender o fogo e estabelecer a anarquia.
*por Artur Mamede
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