terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Inferno Nuclear - "Falsos Profetas" critica opressão e fanatismo

 

"Falsos Profetas" lançado no último dia 24, é o novo single/lyric video dos speed-thrashers da Inferno Nuclear. A faixa traz a banda executando seu poderoso thrash metal old school embalado com uma ótima arte de capa e a letra que mais uma vez carrega críticas a opressão religiosa e política.


O posicionamento da Inferno Nuclear (Wellington Freitas - vocal, Leonardo Garcia - guitarra), Leandro Kronnos - baixo e Marcos Luz - bateria), é reforçado com "Falsos Profetas", poderosa faixa de um veloz e eficiente thrash metal, que se completa na letra e na parte gráfica.

Aqui está "Falsos Profetas". Acesse e ouça ALTO!


Capa de "Falsos Profetas" por Kléber Guimel

Uma obra de arte revisitada


A arte de "Falsos Profetas" revisita a capa de "Spiritual Heallng" álbum lançado pelo super influente Death em fevereiro de 1990. Aqui, o ilustrador Kléber Guimel atualizou o conceito original de Edward J. Repka e a tal cura espiritual agora tem como operadores os charlatães da fé, políticos e militares, todos municiados de promessas de poder.

E toda essa proposta ganha vida no formato lyric video, obra audiovisual assinada por Marcelo Silva, artista visual e músico que tem mais de 500 vídeos do estilo já publicados.


A faixa 


"Falsos Profetas" foi gravada no Estúdio Madness Music (Jardim da Conquista, SP - Brasil) em outubro e dezembro de 2024. A faixa teve produção de Thiago Bezerra e consegue registrar o poder bélico da Inferno Nuclear.

A faixa ganha dimensão ao adicionar a voz de Andressa Castelhano (a.k.a Deca Cast), vocalista da Hell on Wheels, aos backing vocals e segunda estrofe.


Deca Cast, o reforço vocal em "Falsos Profetas"


Além da cura espiritual 


Wellington Freitas explica o conceito por trás do single. "A crítica de 'Spiritual Healing' trata o fanatismo religioso e suas consequências insanas em nome da fé. Já a releitura em 'Falsos Profetas' traz uma crítica contundente à hipocrisia e a contradição em nome das religiões e do amor", disse o músico ao Riffmakers.

*por Artur Mamede 


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Paramecia expõe angústia e redenção no EP "Ocidente Vazio"

 


Nome do shoegaze manauara, a Paramecia lançou no último dia 21 o EP "Ocidente Vazio". A obra de quatro densas faixas mescla riffs do post-black metal e vapores dream-pop à urgência post-punk para embalar o lirismo existencialista das letras.


Atualmente em formação de duo, a Paramecia (Pedro Henrique - guitarra/vocais e Jhonatan Kauã -bateria/vocais), traz as características marcantes do shoegaze, como a rifferama noisy e vocais sussurrados. 

Destaca-se também a foto de capa assinada por Fer Paulo, vocalista e guitarrista da banda Não Existe Saudades Em Inglês.

Aqui está "Ocidente Vazio". Acesse e ouça ALTO!



Capa de"Ocidente Vazio" por Fer Paulo


Faixa a faixa


O que há de novo em "Ocidente Vazio"? Talvez nada, mas pode-se ver/ouvir a vez dessa subcultura se expressar em Manaus e um novo aparato lírico/musical que ilustre essa angústia.

O Riffmakers conversou com Pedro Henrique, o guitarrista/vocalista/compositor da Paramecia, que deu uma cara à subjetividade das músicas. E quem mais faria melhor?

"'Ocidente Vazio' é um conceito criado por mim junto com Arthur, um grande amigo da banda, que retrata muito o vazio emocional. Não tem nada ligado a cultura Jap, mas sim sobre vazio emocional, sobre quão vazio o ser humano pode se sentir sentado em um horizonte, viajando em linhas etéreas", disse PH.

"A letra de 'Ocidente Vazio' fala sobre dependência emocional, sobre a falta que uma pessoa pode fazer mesmo ela tendo feito mal para nós.  A frase 'Como eu vou aguentar, viver sem saber o que errei?', retrata muito esse conceito que quis passar, reforçando com o refrão final 'Ocidente vazio, pra onde eu irei?'", explica o músico.

Autobiográfica, "Cartas" é uma das mais antigas e pungentes composições de Pedro Henrique, resgatada pela Paramecia. "Escrevi quando tinha entre meus 10/11 anos, estava passando por uma fase difícil na minha infância e fiz essa música como uma forma de desabafo. Ela é um retrato de que a depressão é a pior doença do século, como retrato no refrão 'overdose de cartas, só tristezas/ cartas de amor e alucinações/ não sei o que o destino quer/ além de me matar."

"'Luz de Paz' é para você dedicar a quem ama. A quem é a flor branca que encolore seu jardim, a luz que ilumina seu dia, a uma pessoa muito querida, luz de paz é uma prova de amor. 'lor branca, luz de paz/ nada vem, nada vai/ flor branca, luz de paz/ você é calmaria'".

O EP fecha com "Errônea", que o compositor identifica como uma prova de maturidade e redenção após os transtornos causados pela angústia. 

"'Errônea' é sobre ver e entender que nada vai voltar a ser como antes. Fala que as vezes temos que aceitar certas dificuldades na vida, que temos que abraçar as dificuldades para crescermos como pessoas, mesmo que isso nos deixe péssimos pra sempre, mesmo que nos deixe uma marca, temos que encarar certas coisas. 'não vai voltar/ a ser pra sempre/ como sinais/ sem poder dizer/ péssimo/ pra sempre'", encerrou PH.


Track list 


01. Ocidente Vazio 
02. Cartas
03. Luz de Paz 
04. Errônea 

*por Artur Mamede 


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significado da letra de Errônea: Errônea é uma prova de maturidade, errônea sobre ver e entender que nada vai voltar a ser como antes, fala sobre que as vezes temos que aceitar certas dificuldades na vida, que temos que abraçar as dificuldades para crescermos como pessoas, mesmo que isso nos deixe péssimos pra sempre, mesmo que nos deixe uma marca, temos que encarar certas coisas.

"não vai voltar 

a ser, pra sempre

como sinais

sem poder dizer 


péssimo 

pra sempre."



sábado, 22 de fevereiro de 2025

Bong Brigade - "Tempo Verde" chegou (e não há nada que você possa fazer)


Mais uma vez a Bong Brigade levanta a bandeira da liberdade e a enfia, com mastro e tudo, no rabo da polícia do bom gosto. "Tempo Verde", lançado na última sexta-feira (21), é o novo single dos campinenses que chega avisando que vem álbum novo por aí.


"Tempo Verde" é skate punk do jeito antigo e faz uma boa mistura de Grinders (ora, quem mais?), Garotos Podres, Circle Jerks e Misfits - no acertado uso dos oh-oh-oh. 

A letra anárquica pode ser interpretada como um brado de liberdade que se encaixa em várias modalidades, ainda que o título, a capa e o nome da banda, apontem para o "Legalize It".

Aqui está "Tempo Verde". Acesse e ouça ALTO!


Capa de "Tempo Verde" por Daniel Ete 


Nós vamos queimar a proibição 


"Tempo Verde" é música para animar festa punk, e inflamar o pogo (alguém ainda fala "pogo"?). Mas, para além da zoeira, passa uma mensagem positiva (é clichê falar isso, mas não tô sendo irônico), numa época em que o reacionarismo conservador e babaca tenta se infiltrar no meio.

Leia tambémProjeto Mayhem - single conta menos um dia para os golpistas


Supergrupo (?!)


O single é mais um do supergrupo - sim, isso existe no underground, formado por Daniel Ete no vocal (Os Nakamuras, Muzzarelas, Drakula, Bong Brigade, Brutal Brega e Zumbis do Espaço), Tomás Peres na guitarra (All Jokers), Victor Peres no baixo e Rodrigo Ossada na bateria (Porno Massacre), e foi lançado pela Maxilar, selo independente do Gabriel Thomaz, aquele do Autoramas 

É é pela Maxilar,em março, que vem o novo álbum. Com 11 faixas descritas pela Bong Brigade como "lindas canções para comer pizza e fazer cabeça", o trampo já se encontra em processo final de mixagem, que está sob direção de Artie Oliveira, vocalista da Drakula.

*por Artur Mamede 


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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

Projeto Mayhem - single conta menos um dia para os golpistas


"Menos Um", single do Projeto Mayhem lançado nesta sexta-feira (21), traça a linha do tempo da tentativa de golpe orquestrada após o fim da era JMB (2019/2022) usando de um enérgico crossover para retratar o período, da aparição do ovo da serpente aos primeiros julgamentos dos envolvidos.


O single não tenta ser uma aula de história - esta ainda está sendo escrita, mas tem toda uma simbologia (da capa ao tema, passando pela data de lançamento) que serve de retrato para o zeitgeist e coloca o Projeto Mayhem na corrente das bandas que não temem se posicionar no espectro progressista.

"Tínhamos o dever de retratar e registrar todo um episódio marcado negativamente na história de um país. Queremos claramente enfatizar todos os impactos para que isso jamais ocorra novamente", destaca o trio de Campinas (SP).

Escolha AQUI a plataforma para ouvir "Menos Um"


Capa de "Menos Um" por Kell Candido 

Nada é gratuito 


Em "Menos Um" nada é gratuito, nada é for fun. A capa assinada por Kell Candido traz algumas figuras que representam o autoritarismo e a opressão política, fazendo a cama para a contundente letra que conta os dias para o fim dos retratados.

Leia também: Wormrot anuncia álbum ao vivo "in Studio" com formação e tracks clássicas

A data escolhida também é simbólica, marcando mais um ano do assassinato de Malcolm X (19/05/1924 - 21/02/1965). Ao mesmo tempo "Menos Um" também é uma homenagem a todos que se levantam contra a opressão política, econômica, religiosa e sexual.


A faixa


Produzido no Estúdio Casa 39, em Campinas, "Menos Um" captou o peso e velocidade crossover do Projeto Mayhem (Lucas Pereira - guitarra/voz, Kiss - baixo/voz e TonLoserKids - bateria).




Com 1'45" de duração,"Menos Um" é um rolo compressor de riffs, graves bem marcados e bateria à mil. A música ainda usa do título como um poderoso refrão, daqueles pra gritar junto, mostrando as várias influências do trio.

Entre estas influências/referências, o Projeto Mayhem cita elementos do Bayside Kings, Surra, Ratos de Porão, D.F.C, Do Protesto a Resistência, Hatebreed, Comeback Kid e Dead Fish, o que é facilmente constatado com a audição de "Menos Um".

*por Artur Mamede 


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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

Wormrot anuncia álbum ao vivo "in Studio" com formação e tracks clássicas

 

Wormrot, a instituição singapuriana do grindcore, anunciou na quarta-feira (19) o lançamento de "TNT", mais um registro ao vivo da banda que retornou recentemente a sua formação clássica.


Gravado no home TNT, no país natal do trio, o álbum ao vivo no estúdio, será lançado em breve pela mítica Earache Records.

Junto a notícia, o Wormrot também lançou pelo YT da gravadora o clipe de "Eternal Sunshine of the Spotless Grind" (veja aqui).


Capa de "TNT"


Formação clássica 


O Wormrot de "TNT" é aquele da formação clássica: Rasyid Juraimi (guitarra),  Arif Rot (vocal) e Fitri Hamid (bateria), que nas 12 faixas do álbum passeiam por varias fases da banda, desde sua fundação em 2007.

Track list 


01. Sledgehammer
02. Critical Human Stupidity
03. Take Aim
04. Buried The Sun
05. Oblivious Mess
06. Forced Siege
07. Eternal Sunshine of the Spotless Grind
08. Public Display of Infection
09. Outburst of Annoyance
10. Grieve
11. Pale Moonlight
12. Seizures

*por Artur Mamede 


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Heed The Call - o chamado thrash metal de Marcelo Mictian


Marcelo Mictian, o nome e a voz à frente do Unearthly e Affront, apresentou recentemente sua nova investida musical. Batizada de Heed the Call, a nova banda de Mictian surge com a proposta de executar um poderoso thrash metal nos moldes da velha escola brasileira do estilo.


Até agora são poucas as informações divulgadas. O que se sabe, pelas redes sociais da Heed the Call, é que não demora para um single vir à luz, assim como o primeiro álbum, que já se encontra com a produção avançada e em negociações para o lançamento.

Frame do teaser disponibilizado pela Heed the Call 


Um aperitivo do que está a caminho, pode ser visto/ouvido no teaser que a Heed the Call disponibilizou em suas redes sociais (veja aqui). 

Nos poucos segundos do audiovisual já se percebe a influência da velhas escola brasileira do thrash metal, aditivada com a qualidade tecnológica de hoje.

O álbum de estreia da Heed the Call, ainda sem título divulgado, foi gravado no Attic Studio (RJ), em dezembro de 2024.

Atenda ao Chamado 


Formada em janeiro de 2025 por Rafael Rassan (Affront, Steel Voxx e Imago Mortis) nas guitarras, Jansen Vital (Afro Lata, Rajada) no baixo e Teté Blood (Gore) na bateria, além de Marcelo Mictian (vocal), a Heed the Call reúne toda essa bagagem para compor sua identidade musical.

"A Heed the Call é thrash metal com letras carregadas de criticas sociais e políticas, apontando as mazelas da humanidade e suas loucuras e ganância. Daí vem o nosso nome: Atenda ao Chamado", disse Mictian ao Riffmakers.

*por Artur Mamede 


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domingo, 16 de fevereiro de 2025

DannaH Project - "Janequeo" abre caminho para novo álbum



Dannah Project, o "imparável" projeto de música instrumental do mineiro Daniel DiMelo disparou recentemente o single "Janequeo". A faixa, de riffs hipnóticos e batidas quase tribais, abre caminho para "Luxferre", álbum a ser lançado, de forma totalmente independente, em 18 de abril.



O DannaH Project tem em seu cerne a intenção de tirar da música instrumental a aura "só para iniciados", o que, maís uma vez, consegue. "Janequeo" é bem construída e executada, com um refinamento de fácil digestão, longe do "cabecismo" sem alma do exibicionismo prog.

Aqui está "Janequeo". Acesse e ouça ALTO!



Capa de"Janequeo" por John Nobody Arts


Com "Janequeo", DiMelo mais uma vez faz uma imersão no universo das pesquisas e composições e de música étnica, agora agora fazendo referências a personagem título, heróina mapuche, líder de revoltas anticolonialistas dos indígenas chilenos no século XVI. 

A faixa tem tons épicos e dramáticos que casam muito bem com o tema proposto,mais um ponto positivo na já extensa discografia do DannaH Project.


Luxferre 


O DannaH Project já abriu a pré-venda de "Luxferre" o décimo da discografia (que inclui dois álbuns com regravações pop rock). O álbum, a ser lançado em 18 de abril, de acordo com o divulgado, trará referências ao heavy metal, post-metal, post-rock e outros subgêneros.



"Luxferre", assim como o recém lançado single (e os demais trabalhos do DannaH Project) foi gravado no Ilha do Fuzz Estúdio em Belo Horizonte, Brasil. Mixagem e masterização tiveram o processo dividido entre o Ilha do Fuzzy e Estúdio Casa 1098 em Esmeraldas, também em Minas Gerais.

O conceito de arte da capa de "Luxferre" é assinado por John Nobody Arts sobre a tela "The Annunciation" do italiano Francesco Solimena (c.séculos XVII/XVIII).


Track list 


01. Cinzas

02. Luxferre

03. A última batalha

04. Eternidade

05. Janequeo 

06. Ventos do Sul

07. Sete Flechas

08. Solar

09. Lobos e Cães

10. Réquiem


*por Artur Mamede 


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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Drowned divulga capa de "Brasil Visceral" e reaças reagem


O Drowned divulgou recentemente a capa de seu próximo álbum "Brasil Visceral" e a arte, assinada pelo vocalista Fernando Lima parece ter pego de surpresa os fãs que nunca leram as letras. 


A capa de "Brasil Visceral" reúne todos os 10 singles, e suas temáticas, lançados pela banda em 2024, mais outras três faixas. Lançadas separadamente, com suas respectivas artes de capa, os singles não atraíram tanta atenção nas redes sociais, até o lançamento da arte definitiva. 

Todos os singles de "Brasil Visceral" (e outros vídeos) do Drowned estão AQUI.


Capa de "Brasil Visceral" por Fernando Lima 

A reação dos reaças mostra que "Brasil Visceral" é uma enorme carapuça que muitos correram para usar (veja nos perfis do Drowned e divirta-se).

Leia tambémMortalha Negra - a nova capa do flagelador Armando Macedo


O álbum 


Com 13 faixas, "Brasil Visceral" será lançado em CD pela mítica Cogumelo Records e a data escolhida casa com a proposta do Drowned de meter o dedo na ferida. O álbum sai em 1° de abril, que além de ser o dia da mentira, também é a data de início do golpe militar de 1964, que os milicos tentam emplacar como 31 de março, em mais uma tentativa de maquiar a história.

"Brasil Visceral" foi produzido pela própria banda (Fernando Lima - vocal, Marcos Amorim - guitarras/backing vocals, Rodrigo Nunes - baixo e Beto Loureiro - bateria) e recrudesce o posicionamento de quem não teme falar de temas que são evitados por muitos para "não rachar o movimento". 


Track list 


01. Deplorável Mundo Novo

02. This Message Is For You

03. Brasil Visceral

04. Que A Forca Esteja Com Você

05. Ecocídio Napalm

06. Ao Pó Voltarás

07. A Bancada Do Pistoleiro

08. Misoginia Em Cristo

09. Deus Me Livre De Deus

10. Positivo Inoperante

11. Expresso 1.888

12.  Sem Lugar De Fala

13. Desgraça Urgente


*por Artur Mamede 


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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Mortalha Negra - a nova capa do flagelador Armando Macedo

 


O single "Os Ventos Trazem Maldição" do Mortalha Negra lançado no último dia 10, é mais um machado metálico forjado por Armando Macedo, o nome, a voz e o cérebro à frente de bandas como Flageladör e Gravedancer.


De riffs abrasivos, baixo e bateria em marcha veloz e vocais ásperos, "Os Ventos Trazem Maldição" é uma ode ao deathrash primitivo, especialmente ao praticado no Brasil por Sarcófago, Sepultura (old) e Vulcano, só para citar algumas referências elencadas pela própria banda.

Aqui está "Os Ventos Trazem Maldição". Acesse e ouça ALTO!

Logo por Jean Antunes 


Além de letra e música, as referências à fase primordial da música extrema brasileira também são vistas na capa/logo, assinada por Jean Antunes e na gravação, produção, mixagem e masterização que emulam a atmosfera daquela época.


Os executores


Produzido, mixado e masterizado por Eric Cavalcante entre janeiro e março de 2024, "Os Ventos Trazem Maldição", parcialmente gravado no Estúdio Capitão Caverna (Suzano/SP), teve como executores Armando Macedo, aqui assinando como Exekutör, assumindo os postos de vocal/guitarra/baixo e Jack Ferrante destroçando a bateria. 

Ferrante (baterista da Ophirae e Profundezas) tem entre outros trabalhos memoráveis, os tambores de "Templo do Horror" (2023) da banda de speed metal Álcool.

É a cancha desse time que faz de Mortalha Negra um novo e já pesado nome do metal nacional. Esperamos por novos trabalhos da banda.

*por Artur Mamede 

Foto principal por Ana Maria B.


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sábado, 8 de fevereiro de 2025

Manger Cadavre? mostra "Como Nascem Os Monstros"

 

"Como Nascem Os Monstros" do Manger Cadavre? está disponível nos streamings desde a sexta-feira (7). A versão digital do quarto álbum apavora pela qualidade e crueza (limpa, mas não pasteurizada) do death crust cometido pela banda nos seus mais recentes trabalhos.


Conceitual, "Como Nascem Os Monstros" tem sua temática lírica calcada no medo e as neuroses que vêm atreladas a esse sentimento, seja pela opressão religiosa, desigualdades sociais e falta de perspectivas.

Leia também: Escafism - mudanças na formação são anunciadas

E é através da música que o Manger Cadavre? expõe como nasce e cresce o capitalismo, o monstro maior e câncer do mundo. E é por essa via que a banda levanta suas barricadas.

Aqui está "Como Nascem Os Monstros". Acesse e ouça ALTO!


Capa de "Como Nascem Os Monstros" por Bárbara Gil


Criativo, assertivo e coerente 


Das bandas que mais trabalham no submundo (e todo mundo trabalha muito), o Manger Cadavre?, que nunca foi do barulho"for fun", está no auge da criatividade, assertividade e coerência em letra e música.

O death crust executado por Nata Nachthexen (vocal), Paulo Alexandre (guitarra), Marcelo Kruszynski (bateria) e Bruno Henrique (baixo) nas 12 faixas de "Como Nascem Os Monstros" e seu conceito, entre vários acertos, é muito bem retratado na arte de capa, assinada pela ilustradora Bárbara Gil, que mescla o anatômico e o abstrato em uma obra de grotesca beleza, como o som da banda.

E do "som da banda" vêm mais acertos. Gravado no Family Mob Studio (SP), com captação e edição por Leonardo Mesquita, mixagem por Otávio Rossato e masterização por David Menezes, "Como Nascem Os Monstros" é um combo de agressividade e técnica, registro impecável de gente (produção e banda) que sabe o que está fazendo.

"Como Nascem Os Monstros" já ocupa seu lugar na mais alta prateleira, entre os preferidos da casa.


Track list 


01- Insônia 

02- Engaiolados 

03- Obsolescência Programada

04- Como Nascem os Monstros

05- Terceira Onda

06- Paralisia 

07- Retórica do Silêncio 

08- Mortos que caminham

09- Murmúrio 

10- Efêmero 

11- Câncer do Mundo (Capitalismo)

12- Abutres


Formato físico 


"Como Nascem Os Monstros" em formato físico será lançado pelos selos Vertigem Discos, Brado Records, Helena Discos e BC Noise Records. A pré-venda será aberta em breve.


*por Artur Mamede

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Inferno Nuclear - lyric video chama para novo álbum

A Inferno Nuclear publicou no último dia 07 o lyric video de "Inferno Nuclear". A faixa abre a campanha de promoção do novo álbum,...