sexta-feira, 25 de outubro de 2024

RESENHA Miasthenia -"Espíritos Rupestres" (2024)

 


O Black Metal é sempre lembrado pela sonoridade crua, extrema e as letras pautadas no oculto, mas além da escolha por cantar em português a adoção da temática pagã faz do MIASTHENIA um exemplo único e fantástico à cena Heavy Metal.


Originada em Brasília, no longínquo 1994, a banda (que já passou duas vezes por Manaus em 2012 e 2017) traz dois diferenciais em sua brilhante carreira: um é sua proposta em pautar suas composições no PAGAN BLACK METAL, indo assim além do básico que a cena traz; mas sem dúvida o maior diferencial é a presença da maravilhosa Susane Hecate, vcl/tcl e líder da banda. 


E a combinação de tudo isso chega aos nossos ouvidos pelo recém lançado “Espíritos Rupestres” (OUÇA AQUI). No álbum temos as letras baseadas no conto “A Bruxa Xamã”, escrito por Hecate, esbanjando seu domínio, afinal, a Prof.ª Drª Susane “Hecate” Rodrigues é historiadora com uma extensa produção científica pautada nos povos antigos da América e nas representações do Feminino.

O conto mostra a trajetória da guardiã dos mistérios rupestres de outrora, mas que infelizmente é condenada pelo Tribunal do Santo Ofício durante a Inquisição no Brasil Colonial.
A temática das letras atravessa a pré-história do Brasil e a resistência oferecida pelos Tapuias durante os séculos XVII e XVIII.

Agora junte a isso a muralha rítmica construída pelo Miasthenia, pautada no Black Metal e com os teclados de Hecate criando o clima característico do som, mas nos carregando por passagens que vão além da sonoridade de “filme de terror” também comum ao gênero. 

Aliás, cabe destacar muito bem o trabalho da baixista Aletea Cosso, trazendo segurança às bases sonoras juntamente com a baterista Lith Drummer. Por sinal, ambas compõem os backings vocals, Aletea com as partes mais líricas e Lith com as partes mais extremas.

Completando o grupo, as guitarras de Marcos Thormianak marcam os solos de forma eficiente e poderosa, literalmente como estivesse em pleno ataque durante uma batalha campal. Co-responsável pela autoria das faixas e fundador da banda junto com Hecate, Thormianak traz todo o peso necessário para equilibrar a sonoridade junto com o clima místico proporcionado pelos teclados.






“Espíritos Rupestres” é um disco excepcional, seja pelos vocais femininos, as letras em português, mas principalmente pela proposta temática. Não é apenas mais um disco de Black Metal, mas uma verdadeira aula de história. 

Indo além de apenas usar um evento como pano de fundo para a música mas uma literal representação de personagens e eventos de nossa história, mais ainda, a história além da história por trazer à luz passagens que a historiografia tradicional mantém silenciada.

Se você aprecia a música extrema ouça sem moderação, mas se você quer algo além do comum, siga a MIASTHENIA e busque cada vez mais por uma história do possível.

*Marcelo Dores, especial para o Riffmakers 




terça-feira, 22 de outubro de 2024

Terror Nuclear - single "Pyromaniac" anuncia primeiro álbum


"Pyromaniac", lançado no último dia 21, é o single que reacende a chama do power trio amazonense de toxic thrash metal Terror Nuclear. A faixa é uma amostra de "Chernofobya", primeiro full album da banda e primeiro registro oficial desde o autointitulado EP de estreia disparado no já longínquo ano de 2017.


"Menos cabeludos e mais pesados, rápidos e agressivos", como se definem atualmente, Ryan Castro (baixo/vocal), Lucas Carvalho (guitarra) e Luan Carvalho (bateria), voltam em 2024 com uma pegada mais thrash oitentista, deixando de lado a influência punk do primeiro trabalho, o que é facilmente reconhecível nos 2 minutos de "Pyromaniac".

O single, assim como o álbum, foi produzido durante todo o ano de 2024 por Ana P Mady, da Fubica Records, responsável pelo registro de estreia da Terror Nuclear e mais um container de outras bandas em segmentos diversos ao metal. 

Mady mais uma vez acerta a mão e imprime uma sujeira em high-definition para o thrash metal da Terror Nuclear. Aqui está "Pyromaniac". Acesse e ouça ALTO!


Capa de "Pyromaniac" por Darkpen

A arte da capa de "Pyromaniac" leva a assinatura de Darkpen, que entre outros trabalhos, fez as capa do recém-lancado "Full Moon Tales" do Matadör.


"Tentamos ao máximo resgatar essa aura do thrash oitenta"


O subtítulo acima, retirado de uma fala de Ryan Castro, explicita muito bem a nova proposta da Terror Nuclear iniciada com o single "Pyromaniac". Abaixo, o músico nos conta sobre o momento atual e planos da banda.

Riffmakers: Já se passaram sete anos desde o lançamento do primeiro EP. O que há de diferente, o que mudou nesse tempo e o que foi acrescentado ao som da Terror Nuclear?

Ryan Castro: As maiores diferenças são a deixada de lado de uma influência mais punk, no quesito sonoro, e a adição de uma influência mais thrash metal old school como o grandioso Bywar, Artillery e até Dorsal Atlântica (que já se via influência no início). 

No quesito de sonoridade tentamos ao máximo resgatar essa aura do thrash oitenta que tanto se fez presente no nosso crescimento, como banda e como músicos individuais. 

Riffmakers: O primeiro EP tinha títulos como "Ataque Nuclear", "Guerra" e "Uma Outra Guerra" e uma capa que já dizia muito sobre os temas. Como estão as composições atuais da Terror Nuclear?

Ryan Castro: Na temática lírica a gente ainda toca na ferida de governantes doentes com armamento nuclear em mãos. Falamos também um pouco sobre coisas como a violência que está muito presente em nossa realidade.


"Terror Nuclear", 2017 (Acervo Riffmakers)


Compomos ainda sobre momentos históricos, como o uso de jovens e crianças na Alemanha nazista (na faixa "Violência") e também sobre a criação da guilhotina por Robespierre na Revolução Francesa (na faixa "The Cold Of Guilhotine") 

As duas faixas citadas estarão presentes no "Chernofobya", que é um trocadilho com Chernobyl e a fobia do mundo de se tornar uma enorme catacumba nuclear.

Riffmakers: Sobre o álbum, o que pode ser dito e o que esperar?

Ryan Castro: Serão oito faixas no álbum (quatro em inglês e quatro em português). O que se pode esperar é bastante thrash metal old school, sem firulas, com uma pegada tóxica no pique do Toxic Holocaust, rápido, com riffs velozes e até algumas músicas mais cadenciadas para bater cabeça com um peso diferente. 

A capa de "Chernofobya" é assinada pelo Emerson Maia que mandou super bem na claustrofobia que queríamos passar na questão de se estar isolado em um bunker (Nota do Editor: Maia já trabalhou com as amazonenses Candiru e Escafism, além das nacionais Visceral Slaughter, Podridão e Thrashera. A Terror Nuclear está muito bem acompanhada). 


Capa de "Chernofobya" por Emerson Maia 


Riffmakers: O álbum está previsto para sair em novembro. Após o lançamento, quais os planos da Terror Nuclear?

Ryan Castro: Depois de lançar nosso primeiro full, está nos planos, para o ano que vem, já mandar um EP com cinco músicas, com uma sonoridade até mais polida e pesada do que o "Cherno". Esperamos tocar o terror pelo Green Hell com o novo CD, da mesma forma old school que sempre fizemos nesses sete anos de estrada.

*por Artur Mamede 



segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Pós-Pandemia lança mini-álbum "Ano Um"

"Ano Um" é o título do primeiro registro oficial da Pós-Pandemia. O mini-álbum (EP?) lançado no último dia 10 reúne sete faixas de um enérgico punk/HC, que ao mesmo tempo em que expõe as influências mais nítidas dos estilos, também respira por conta própria.


A Pós-Pandemia é formada por integrantes de uma mesma família que, não é de hoje, dividem o gosto musical pelo punk. Apesar de recém formada, os integrantes têm milhagem no trecho. 

Letras, arranjos, produção musical, edição do mini-álbum, guitarra e voz são de responsabilidade de Enio Pereira, que entre outras, formou o Escravos da Rotina, nos 80, e Estado de Caos em 2016. 

Completa a família, a baixista/backing vocal Emilly Schivittez e o baterista/backing vocal Dennis Schivittez, que aos 14 e 17 anos respectivamente, já têm seus nomes registrados como integrantes das bandas Os Desconhecidos e Demisch, formadas em 2020 e 2021.

Aqui está "Ano Um". Acesse e ouça ALTO!


Enio, Emilly e Dennis, o trio Pós-Pandemia 


Papéis velhos


"Ano Um" é dedicado a todas as vítimas (vivas e mortas) da epidemia de Covid-19, e apesar dos nomes da banda e álbum e da dedicatória não é um projeto conceitual, como explica Enio.

"Algumas composições esquecidas entre papéis velhos vieram à luz durante o isolamento social. Nestes longos dias de reclusão, convívio confinado, angústia e reflexão, estes textos foram musicados, outros surgiram e (em 2024) são finalmente gravados e lançados."

Gravado em casa, entre maio/junho/julho de 2024 por Dennis Schivittez, "Ano Um" foi mixado e masterizado por Joe Marshal. A arte da capa é assinada por Sandro Andrade (que ilustrou o primeiro álbum d'Os Desconhecidos) sobre concepção artística de Enio.



Capa e contra-capa de "Ano Um" por Sandro Andrade 


"São sete músicas vibrantes e energéticas, com letras ásperas e desesperançosas, quase niilistas; uma sonoridade que evoca a distopia do punk e a perenidade do Rock and Roll, projetando, com ironia e diversão, as incertezas e o medo de vivermos em um mundo que, devido a ação humana, parece cada vez mais próximo do fim", conta o guitarrista. 


Tem mais gente no "Ano Um"


"Ano Um" é uma das melhores amostras do espírito FVM (Faça Você Mesmo) e já o coloco entre as melhores coisas que ouvi em 2024. Outro ponto que enriquece a obra é a participação, em citações textuais, de alguns pilares do livre pensar.

O músico folk Woody Guthrie (1912-1967) "empresta" alguns versos para a faixa "Feladaputa". O ativista pelos direitos dos povos originários e imortal da Academia Brasileira de Letras, Ailton Krenak tem uma frase recitada em "Verme Sensorial". 

Fechando as participações, Carolina María de Jesus (1914-1977), autora de "Quarto de Despejo" (1960) tem um trecho da citada obra lido na faixa "Nenhum Político Presta". 


Track list 


1. Ano Um

2. Feladaputa 

3. Verme Sensorial 

4. Um Dia

5. Nenhum Político Presta 

6. Fase Terminal 

7. Pós-Pandemia


*por Artur Mamede 






sábado, 19 de outubro de 2024

Escafism - tour "Spreading The Pain" se estende ao Chile

A Escafism, banda amazonense de slamming brutal death, anunciou na noite de sexta-feira (18) as datas da "Spreading The Pain", uma tour de 12 datas com início em Manaus, passagens por São Paulo e três gigs no Chile.


A maratona tem início no dia 10 de novembro, na Confrahell, ainda em Manaus. No dia 29, a Escafism desembarca em São Paulo para um show. Depois segue para cidades do interior deste estado, fazendo Itapetininga (30/11), Bauru (01/12), Osasco (05/12), Itu (06/12), Várzea Paulista (07/12) e Diadema (08/12), onde toca no Masters of Noise Extreme Music Fest.

Júnior Martins, vocalista da Escafism, dá um panorama sobre o ânimo da banda antes da tour. "Estamos ansiosos pra mostrar nosso trampo. Por onde passamos somos bastante elogiados e agora iremos a locais que são referências na música extrema. Foi tudo muito bem planejado e esperamos que após a tour iremos colher bons frutos", comentou.


Cartaz da "Spreading The Pain"

Em terras chilenas a Escafism despeja toda sua brutalidade sobre as cidades de Santiago, Concepción e Roncagua, em três noites seguidas (13, 14 e 15/12). Os amazonenses retornam para Manaus e fecham a tour com uma gig no dia 21 de dezembro.


Suporte na estrada 


A "Spreading The Pain" durante as datas em São Paulo tem o agenciamento da veterana LBN Agency. Já no Chile, o suporte é da Nema Prods. Júnior Martins comemora as parcerias conquistadas para o suporte da banda na "Spreading The Pain".

"Os acertos para a tour em São Paulo foram feitos pela LBN, pelo Diego, que fechou as datas. Temos contato desde as negociações para trazer o Rebaelliun a Manaus no início de 2024. No Chile, nosso amigo Max vendeu as datas. É um cara responsável que respeita e valoriza as bandas underground, trabalhando com várias do Brasil e América do Sul. São parcerias que podem gerar outras tours", afirmou.


Álbum e nova formação 


Com um álbum cheio (que tem o mesmo nome da tour) em produção, a Escafism fará a excursão com nova formação. Além de Júnior nos vocais, a banda tem no front line Neoman Grinder (baixo), Anderson Souza (guitarra) e Sid Lima (bateria).

"A banda está com nova formação e vem com uma pegada mais técnica e agressiva. Acredito que os apreciadores do nosso som e do death metal irão se agradar bastante", disse Martins.


Masters of Noise 


Durante a passagem por São Paulo, a Escafism participa, no dia 08 de dezembro, do Masters of Noise, um dos festivais independentes que mais cresce no Brasil, sendo reconhecido como uma versão nossa do cultuado Obscene Extreme Festival. E a Hellconfesso é outra amazonense no cast do evento que junta 80 bandas na edição de 2024.


Escafism foi um dos primeiros nomes escalados para o M.o.N 2024


"Será uma honra participar de um grandioso festival, uma grande vitrine do underground nacional, juntos com nossos irmãos da Hellconfesso. Vai ser memorável. Estamos preparando um set list especial para o Masters of Noise", adiantou Júnior.


Confrahell 


Mas antes de sair do Amazonas a Escafism tem um compromisso em casa Junto a Burying Existence, Necrovisceral, Glaucoma e Katharzian (voltando de um ano longe dos palcos), a Escafism participa da Confrahell. 


Cartaz da Confrahell 

Além de reunir os aficionados em música extrema, o evento tem a intenção de fazer um caixa para ajudar nos custos da "Spreading The Pain". A Confrahell acontece no dia 20 de novembro, na Maloca do Edu (Rua Antunes Maciel, 369 - Flores. Próx. à Avenida das Torres). Os ingressos custam R$ 25. 

*por Artur Mamede 



sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Ofensiva Sonora levanta a bandeira do rock das ruas

Ofensiva Sonora, projeto solo de Fábio Belluci (guitarrista das bandas Cólera e Epidemia, também vocalista nesta última), chegou com tudo em outubro. Foram três singles lançados em menos de 10 dias. Todos, da parte gráfica às gravações e processos de distribuição online, na base do FVM.


E isso com o Cólera rodando o Brasil em uma excursão de poucos dias de folga, mostrando o comprometimento de Fábio com o rock das ruas encarnado no punk e hardcore.

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O rock das ruas nunca vai morrer 


O subtítulo acima dá nome ao primeiro dos três singles da Ofensiva Sonora. Lançado em 8 de outubro, a faixa segue a linha punk/HC numa letra de métrica quebrada que casa com o tema: questionar os padrões estéticos/sonoros impostos por produtores e o mercado (ouça AQUI "O Rock Das Ruas Nunca Vai Morrer").




No Bandcamp desde 15 de outubro, "Destino Manifesto" tem uma letra contundente, lembrando a conquista, à base de massacres de povos originários, do Oeste dos EUA. O single remete a The Clash, da capa ao uso de dois refrões, passando pelo esmero em letra e música (clique aqui e ouça "Destino Manifesto").


Capa de "Destino Manifesto" por Nicole Taille

"Destino Manifesto" teve as vozes registradas no Dual Noise Estúdio (São Paulo) e a masterização de João N. A capa, assinada por Nicole Taille (baixista da Epidemia), é claramente inspirada na arte de Gen Greif para "Give 'Em Enough Rope" do The Clash.


Um riff estridente e marcante inicia "Centro Ilusório", disponível desde o dia 17. Questionadora, a letra mostra a veia compositora de Belluci. Retalhos (e patchs) de bandas da primeira onda do punk são ouvidos na faixa,mas isso não a limita aos aficionados do estilo. Aqui está "Centro Ilusório". Acesse e ouça ALTO!




Sabe-se das pretensões de Fábio Belluci em lançar um álbum cheio da Ofensiva Sonora em CD físico. E esperamos por isso.

Em tempo: Agora em novembro. "Subterrâneo" primeiro álbum da Epidemia (Fábio Belluci - guitarra/vocal, Nicole Taille - baixo/backing vocal e André Chessas - bateria/backing vocal) completa um ano de lançamento (OUÇA AQUI). Apreciem.

*por Artur Mamede







sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Desalmado segue como quarteto

Estevam Romera não é mais guitarrista do Desalmado. A novidade foi publicada na tarde desta sexta-feira (11) nas redes sociais da banda. A saída de Estevam se deu por conta de outras atividades profissionais que o afastavam das gigs.


Assim, a banda paulistana de death/grind segue com Caio Augusttus (vocal), Marcelo Liam (guitarra), Bruno Teixeira (baixo) e João Limeira (bateria), uma formação bem comum para quem acompanha o Desalmado desde o lançamento de "Mass Mental Devolution", em 2021, e os shows de divulgação deste álbum.


Capa de "Mass Mental Devolution" do Desalmado 

Ouça "Mass Mental Devolution" clicando AQUI.

Ricardo Nützmann, baterista, já havia se desligado do Desalmado em janeiro, após 18 anos com a banda, alegando motivos pessoais e internos.

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... fomos nos adaptando a essa nova realidade 


Confira aqui, na íntegra, a publicação onde o Desalmado anuncia a saída de Estevam:

"Desde o lançamento de Mass Mental Devolution, em diversas shows, as pessoas chegavam até nós e perguntavam: 'E o Estevam?'

O Estevam não pôde participar de vários shows porque estava envolvido com outras atividades, como seu trabalho de tour manager, que o fazia passar mais da metade do ano fora do país. Por diversas vezes, o Desalmado se apresentou como quarteto por conta disso.


Estevam Romera com o Desalmado (foto: Maya Melchers)

Fomos nos adaptando a essa nova realidade, mantendo o Disa ativo na estrada e também no processo de composição de novas músicas, com o Estevam colaborando como podia.

Agora chegou o momento de anunciar o inevitável: devido a essa nova realidade, Estevam oficialmente não faz mais parte do Desalmado. Ele continuará colaborando conosco em algumas atividades internas, mas não mais como integrante da banda.

Estevam foi fundamental na construção e estruturação do que o Desalmado se tornou. Somos muito gratos por tudo isso e, de alguma forma, continuamos juntos nessa jornada.

Obrigado, STEVE ROMEROS!"

*por Artur Mamede 



segunda-feira, 7 de outubro de 2024

Drowned - "Brasil Visceral" é o título do novo álbum

 


O Drowned divulgou na manhã desta segunda-feira (7) o título de seu novo álbum de inéditas. Chamado de "Brasil Visceral", o registro será lançado no primeiro semestre de 2025.


A produção de "Brasil Visceral" está a cargo do próprio Drowned, que desde janeiro vem divulgando o álbum, disparando um single por mês, sendo que o último (da série e do álbum), a instrumental "Sem Lugar de Fala" saiu no dia 4 de setembro (confira aqui).

Leia também: Split "Mollotov Attack vs Artigo DZ9?" está lançado


A capa de "Brasil Visceral" se encontra em finalização, mas sabendo que Fernando Lima assinou a arte dos singles, já podemos ter ideia do conteúdo. O autor já sabemos quem é.


"Brasil Visceral" em singles 


Na estratégia de divulgação de "Brasil Visceral" o Dtowned já publicou 10 singles. A série que compõe o álbum aborda a hipocrisia da elite (e de quem acha que faz parte desta) e o recrudescimento do reacionarismo, facilmente reconhecidos nos títulos "Desgraça Urgente", "Ao Pó Voltarás", "Que a Forca Esteja com Você", "Misoginia em Cristo ", "Expresso 1888", "Ecocídio Napalm", "Deus me Livre de Deus", "A Bancada do Pistoleiro", "Positivo Inoperante" e "Sem Lugar de Fala".

"Brasil Visceral" reforça o posicionamento direto e reto do Drowned  (Fernando Lima - vocal, Marcos Amorim - guitarras/backing vocals, Rodrigo Nunes - baixo e Beto Loureiro - bateria) em falar de temas que são evitados por muitos para "não rachar o movimento". 

Lembrando que esse posicionamento não é de ontem, um exemplo é o ótimo "Bio-Violence" que já tem quase duas décadas de lançamento.

Todos os singles de "Brasil Visceral" e vídeos recentes do Drowned podem ser vistos na página do YT da banda (veja aqui).

*por Artur Mamede 


APOIADORES RIFFMAKERS 






sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Split "Mollotov Attack vs Artigo DZ9?" está lançado


Lançado oficialmente nesta sexta-feira (4) o split "Mollotov Attack vs Artigo DZ9?" já sobe à categoria dos grandes trampos surgidos nesse ano. Nós streamings (via FumaRecs) ou em digipack (confira a lista de selos*), o álbum tem 15 enérgicas faixas de punk HC que flertam com o crossover e adjacências sonoras.



Nessa matéria especial teremos uma rápida entrevista com Wagner Cyco (Mollotov Attack) e a resenha do álbum, assinada por Frávio Duarte (One Degrau na Véia).

Gravados em locais diferentes,cada lado tem sua cara mas isso se junta ao apertar o play, criando uma forte unidade independente e incisiva que mesmo parecendo bem humorada (a capa assinada por Dáblio C chama a ideia) é carregada na boa música de combate.



Capa do split por Dáblio C 


Ouça "Mollotov Attack vs Artigo DZ9?" clicando AQUI.

Quem fez o que aqui


Com sete sons próprios, o lado Mollotov Attack (Bollaxa - baixo e vocal, Wagner Cyco -guitarra e Didi - bateria) foi gravado, mixado e masterizado no Estúdio Bamboo Haus (São Bernando do Campo/SP) por Fabio Godoy, em março de 2024.

Das oito do lado Artigo DZ9? (Lê - vocal, Jr. Smega guitarra, Léo - baixo e Juninho - bateria) sete foram gravadas, mixadas e masterizadas no RMS Estúdio (Agudos/SP), por Reinaldo Moreira, em fevereiro de 2024, exceto "Introducaos", faixa extra registrada em fevereiro de 2009.

Ainda na track list da Artigo DZ9?, "Biocida" é a única que não é assinada pela banda. A música foi cedida por Detrito Social e letra/poesia por Maria Helena (Ira dos Corvos).

Contra-capa do split


...tudo foi ficando melhor que o esperado 


O Riffmakers conversou rapidamente com Wagner Cyco sobre os acertos para o lançamento do split e o próprio diz o que acha do resultado final. Confira.

Riffmakers: Como foi fechar com a Artigo DZ9??

Wagner Cyco: A gente tinha essas sete músicas para gravar e não sabia se faria um EP, sairia físico ou só nas plataformas de streaming. Sei lá, é meio estranho lançar material hoje em dia Ninguém sabe ao certo a forma ideal. Aí pensamos nessa opção do split.

Split é legal porque atinge um público maior e tal. E se não me engano, numa conversa com o Juninho (baterista da Artigo) fiquei sabendo que eles também tinham material que estavam para gravar e sugeri a parceria.

A gente se conhece há bastante tempo, desde que eu tocava na Irmã Talitha, então foi um processo bem tranquilo e divertido.

Riffmakers: E o resultado final? Como foi receber o split pronto?

Wagner Cyco: Cara, fiquei muito feliz com o resultado. As escolhas foram sendo feitas de comum acordo entre as bandas e tudo foi ficando melhor que o esperado. Desde a ideia da capa até o aumento inicial da tiragem com a entrada de mais selos interessados em participar do projeto. Foram muitas surpresas positivas.

Quando a gente viu pela primeira vez as caricaturas feitas pelo Dáblio C, quase morreu de rir. E na questão do som, acho que que foi um encaixe muito bom, desde os temas abordados até a qualidade das gravações.

Resenha por Frávio Duarte (One Degrau Na Véia)


Frávio e seu exemplar exemplar do split 



Eis que recebo dos correios uma bolachinha enviada pelo meu brother Wagner Cyco, nada mais nada menos que um split com as bandas Mollotov Attack (Punk Hc do ABC Paulista) e Artigo DZ9? (Punk Hc de Agudos/SP). "Mollotov Attack VS Artigo DZ9?" já começa massa demais pela arte, trampo feito pelo Dáblio C. Mas quando se coloca o disquinho pra rodar, aí é que o bicho pega!

O Mollotov começa com o pra mim já hino "Esquadrão Vira Latas", uivando e abrindo alas pra pancadaria sonora que começa e dá o tom de todo o disquinho! "Panela de Pressão" vem em seguida, mantendo a pegada rápida e revolucionária da banda. "Tatau" vem na sequência: uma bela pedrada em homenagem ao vício das tatuagens. Baixão marcando firme e forte! Em seguida temos "Boneless", um instrumental instigante que já fez esse véio aqui bater a cabeça mais rápido, com calma pra não ter que encher o rabo de "dorfrex" mais tarde... Coisa que na próxima música, "Saco de Vacilo", já fica mais difícil de se controlar... A parada segue alucinante! "Eu só Vou" me remeteu aos bons tempos do Cólera, com aquele refrão maroto que fica na mente e te faz cantar a plenos pulmões... E a banda fecha sua parte com "Incendiários", letra totalmente antifa e numa pegada musical diferente do que os caras já gravaram. Eu particularmente achei foda demais, assim como os sons nesse split, que apresenta um Mollotov Attack mais seguro e afiado que nunca! Sem menosprezar os trampos anteriores da banda, esse é sem dúvidas o meu favorito até agora!

Partindo agora pra Artigo DZ9?. "Vejo" abre os trabalhos com uma intro sombria, falando de decepções e de seguir em frente! "Andando em Círculos" vem na sequência, mantendo a pegada punk com gritos de inconformismo. "Intolerâncias", que por sinal é o título do trabalho original, de onde foram tirados os sons do split, vem acelerando e convidando a abrir um espacinho na sala pra pogar! "Cavando sua Cova" aparece nervosa, dando aquela chamada nos ativistas undergrounds de boutique. Logo vem "A Violência nos Mostra", com uma intro mais cadenciada, partindo pra porradaria com classe... "Fusão" grita pelo planeta em meio a tanta merda acontecendo... O disco fecha com "Biocida". Puta som, que começa ao som de passarinhos cantando e que se transforma em um hino contra toda a ganância humana que está levando nosso planeta pro buraco!

Enfim, um disco massa de se ouvir. Divertido e consciente, que mostra duas bandas veteranas do cenário underground em seus melhores momentos. Pouco mais de meia hora de som pra você pogar e refletir sobre o futuro da existência humana! Parabéns Mollotov Attack e Artigo DZ9?... Mataram a pau!


Selos/distros envolvidos*


Red Napa Records
Two Beers or not Two Beers Records
Manaós distro
Tu.Pank Records 
Cabra Macabra Cds
No Fashion HC Records 
Nöise Mesmo Records 
Subverta Distro Records 
Programa Atentado Sonoro 

por Artur Mamede 


APOIADORES RIFFMAKERS 







M67- "Guerreiros Korubo" relançada em lyric video


"Guerreiros Korubo", da banda amazonense de crossover/thrash cabocão M67, ganhou nesta sexta-feira (4) uma versão em lyric video. Faixa resgata, enquanto não sai um novo registro, a força do EP "Agouros Amazônicos" de 2022.


A faixa fala sobre os Guerreiros Korubo, também chamados de índios caceteiros em referência à borduna que costumam utilizar. A etnia habita o oeste do Amazonas e vem perdendo muitos dos seus elementos culturais tradicionais devido à influência cultural dos matis (outra etnia) e dos não índios.



Ilustração de "Guerreiros Korubo" da M67



Lançado como num ataque de guerrilha, sem aviso prévio, o lyric video de"Guerreiros Korubo" foi animado pelo recifense Marcelo Silva (@marcelosilvamd) ilustrador que tem mais de 555 vídeos no currículo, incluindo  as amazonenses Caos Devasta e Burying Existence, com os clipes de "Amazonas Brutal Thrash" e "Tragic Impetus", respectivamente.

Aqui está o lyric vídeo de "Guerreiros Korubo". Acesse e ouça ALTO!



Resgate e ânsia pelo novo EP


O Riffmakers conversou com Matheus "Ogro" Naveca, vocalista da M67 sobre o clipe e planos dos granadeiros do crossover/thrash cabocão.

Riffmakers: O que gerou o resgate de "Guerreiros Korubo" e qual a razão do ataque de guerrilha para lançar o lyric vídeo?

Matheus Naveca: Na verdade, está musica está muito presente nas trincheiras da M67, por assim dizer. Desde a concepção do "Agouros Amazônicos" elegemos duas faixas para serem a cara do EP, "Mapinguari Algoz" e" Guerreiros Korubo". 

Estamos em falta com os nossos aliados e com nós mesmos (risos). Precisamos lançar o material novo, "Porrada no Inimigo", mas este ainda não foi lapidado o suficiente. O lyric vídeo de "Guerreiros Korubo" alivia a nossa ansiedade (risos).


Matheus "Ogro" Naveca escoltado pelos Korubo



Riffmakers: O "Agouros Amazônicos" é um dos trabalhos mais expressivos do ecossistema underground amazonense. Inclusive saindo dele um zine em quadrinhos. Qual a importância desse registro para a M67?

Matheus: O "Agouros Amazônicos" é um EP que ainda tem muito a proporcionar para a banda. Até agora, "Mapinguari Algoz" era o único material em vídeo desse registro... Vamos extrair o máximo do "Agouros" como foi feito com o "Granadeiro" (EP de 2018) que rendeu muito conteúdo para a banda.

*por Artur Mamede 


APOIADORES RIFFMAKERS 






Drowned lança a instrumental "Sem Lugar de Fala"

"Sem Lugar de Fala", faixa lançada nesta sexta-feira (4) é o novo e 10° single do nono disco de estúdio do Drowned a ser lançado em março de 2025. A inserção de uma faixa instrumental nos registros é quase uma tradição da banda e o atual single resgata este artifício comum ao metal.

Mas "Sem Lugar de Fala", além de nos remeter a grandes obras do thrash metal mundial, tem ainda o toque barroco típico da música mineira, aqui muito bem executado. Imagino a faixa sendo usada como abertura de futuros shows. A calma que precede o quebrar de ossos 


Ilustração de "Sem Lugar de Fala" por Fernando Lima 

O vídeo/visualizador tem capa assinada por Fernando Lima e a faixa foi mixada e masterizada por Marcos Amorim, respectivamente, vocalista e guitarrista do Drowned. O clipe é uma edição da Bonegrinder Productions.

Aqui está "Sem Lugar de Fala". Acesse e ouça ALto!

Leia também: Chamas Pagãs do Norte convoca o necrounderground em Manaus


Brigar para ser ouvido 


De acordo com o anúncio do Drowned, publicado nas redes sociais, a capa de "Sem Lugar de Fala" representa bem a mensagem a ser passada, já que esta é uma faixa sem letra. "A capa feita pelo Fernando Lima ilustra a briga, algumas vezes às custas de sangue, para alguns serem ouvidos", diz a banda 

A exclusão de vozes na faixa foi uma forma que o Drowned usou para se solidarizar com as minorias, explica a publicação.

"Sem lugar de fala também para todos os que são excluídos pelos Poderes Públicos e Políticos, pelo Poder Econômico, pelos falsos Pastores, Monges, Padres e Deuses, deste ou de qualquer Mundo". 

"Muitas das pessoas excluídas são denominadas minorias (indígenas, negros, gays, portadores de necessidades especiais etc.). O termo é indevido/errado, porque todos são POVO brasileiro, a grande maioria é excluída da 'festa' sequer percebe... ou são levados a crer que a meritocracia os conduziu ao sucesso ou fracasso. O mundo é bem mais complexo do que se pensa."


Singles e novo álbum 


O Brasil é o tema do novo álbum (ainda sem data de lançamento ou arte da capa divulgadas), como pode ser visto nos 10 singles já lançados, já incluindo aí "Sem Lugar de Fala".

A série de um single por mês, iniciada em janeiro, aborda a hipocrisia da elite (e de quem acha que faz parte desta) e o recrudescimento do reacionarismo, facilmente reconhecidos nos títulos "Desgraça Urgente", "Ao Pó Voltarás", "Que a Forca Esteja com Você", "Misoginia em Cristo ", "Expresso 1888", "Ecocídio Napalm", "Deus me Livre de Deus", "A Bancada do Pistoleiro", "Positivo Inoperante" e "Sem Lugar de Fala".

*por Artur Mamede 



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quinta-feira, 3 de outubro de 2024

Chamas Pagãs do Norte convoca o necrounderground em Manaus

Reunindo quatro poderosas bandas, o Chamas Pagãs do Norte celebra em sua primeira edição a união de vertentes distintas do metal extremo encarnadas nas entidades Desecration of Death, ...Do Fundo ... Abismo, Atmospheric Art e Pantáculo Místico.


A conjuração acontece no dia 04 de outubro (sexta-feira) tendo como altar o palco d'O Condado Pub. Com início às 20h, o Chamas Pagãs do Norte tem apoio de Hiran Tattoo e Garage Inc.


Cartaz oficial do Chamas Pagãs do Norte 

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Canalizando energias para Manaus 

O Chamas Pagãs do Norte, evento totalmente independente idealizado por sectários do necrounderground manauara é responsável pelo primeiro desembarque da Pantáculo Místico em terras amazonenses.

Em rápida conversa com o Riffmakers, Cícero Rui (guitarrista/vocalista) da Pantáculo Místico, afirmou que a banda vem canalizando energias para o evento 

"O momento é de muita expectativa. É nossa primeira vez em Manaus esabemos que o público está muito ansioso pelo evento", disse o músico.

Cícero adianta que as energias captadas em terras amazonenses serão utilizadas no pós-show. "No sábado (05/10) vamos ter um day off pela cidade vai ser uma experiência única!"

Formada em 1998, em Fortaleza (CE), a Pantáculo Místico carrega seu arsenal sonoro no pagan/doom metal com letras versadas em português e calcadas no ocultismo.


Pantáculo Místico 


A banda, que além de Cícero, conta com Júnior Oz (baixo/vocal), Jhony Garcia (guitarra), Tork Highill (teclados) e Moisés Amok (bateria), tem em sua discografia oficial o EP "Velado Por Entidades"(2014) e os álbuns "Hermético" (2014) e "Pantáculo Místico" (2022), estes últimos a base do set list para Manaus.

Aqui está"Pantáculo Místico". Acesse e ouça ALTO!

"Convoco todo o necrounderground de Manaus pra se fazer presente e compartilhar essa experiência com a Pantáculo Místico!", concluí Cícero.


Bandas amazonenses no evento 


Desecration of Death 


Desecration of Death 


Formada em 2019 na capital amazonense, a Desecration of Death (Marciano Campos -guitarra/backing vocals, Igor - guitarra/vocal e Cleyton Campos - bateria), comanda a sessão death/black do Chamas Pagãs do Norte com seu lirismo baseado em anti-religião, guerra e morte. (veja aqui "Escuridão Eterna").


Atmospheric Art 


Atmospheric Art 


A Atmospheric Art tem suas origens em João Pessoa (PB), onde se formou no ano de 2010. Atualmente formada por Majestic Blasphemous (vocal), Mors Regem (guitarra) e Senhor Fúnebre (bateria), a horda executa executa um sombrio e depressivo black metal atmosférico (ouça aqui "Anedonia").

"Estamos nos preparando para esse negro ato, daremos o nosso melhor e faremos com que esta noite seja maligna com nossos hinos da morte. Preparem-se para o pior!", avisou a banda.


...Do Fundo ... Abismo 


...Do Fundo ...Abismo


Formada em 2007, a ...Do Fundo...Abismo (Moriendi – vocais, Treze – guitarra, Destino – baixo e Geb Shu Nut – bateria) é a veterana entre as bandas locais do Chamas Pagãs do Norte. 

A experiência acumulada e apreendida em tantos anos de morbidoom podem ser conferidos no recém-lancado "Caminhos Que Aos Abismos Desce" (ouça AQUI).


SERVIÇO 

O que: Chamas Pagãs do Norte 

Quando: 04/10/24 (sexta-feira), a partir das 20h 

Onde:  O Condado Pub (Av. Desembargador João Machado, 6705 - Alvorada)

Ingressos: R$ 50 antecipado via pix (92991389491, enviar comprovante e n°RG para o mesmo número) ou R$ 60, na bilheteria.

*por Artur Mamede 


APOIADORES RIFFMAKERS 
















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